Design: várias opções em um só curso

Os atuantes em design conseguem unir diferentes áreas em uma só

por Alexandra Gappo qua, 20/06/2012 - 08:51
Chico Peixoto/LeiaJá Imagens Eduarda, aluna do 4° período do bacharelado, conta que abandonou engenharia para fazer design Chico Peixoto/LeiaJá Imagens

Engana-se quem pensa que para ser designer é preciso saber desenhar. As novas graduações da área vem atraindo cada vez mais interessados por outros campos de trabalho e quebram esse mito trazendo muitas opções para quem escolhe o curso.

Seguindo o caminho da criatividade, o profissional pode criar páginas de revistas, embalagem para produtos, cartazes e até a cadeira que você está sentado. Ele é responsável por unir beleza, funcionalidade e praticidade dentro de um único trabalho. Esse formado, tem a facilidade de se encaixar em várias áreas e trabalhar lado a lado com outros profissionais como publicitários, modistas e arquitetos.

Em Pernambuco, o curso superior na área é oferecido pela Faculdade Boa Viagem, Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire), além da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Há no estado instituições que tambem oferecem graduações mais específicas, como design gráfico ou design de interiores.

O coordenador do bacharelado em design da UFPE, André Neves, explica que é preciso ambientar o aluno dentro do campo de trabalho que ele irá escolher, por isso a instituição oferece no primeiro período quatro disciplinas básicas e a partir do segundo o estudante pode montar sua grade de cadeiras de acordo com o campo de seu interesse. Essas são divididas em seis áreas (moda, produto, gráfico, digital, estudos avançados em design e games) tendo cada uma delas, pelos menos, cinco disciplinas. Neves afirma ainda que essa metodologia também ajuda o corpo docente da universidade. “Como os alunos podem escolher as cadeiras, o professor se esforça cada vez mais para tornar aquela disciplina interessante de ser paga”.

O curso, de quatro anos de formação, está entre os dez mais concorridos no vestibular da federal e é o 2° no número de estudantes que realizam intercâmbio. Segundo o professor André Neves, essa forma de abordar uma garduação atrai os alunos e forma um profissional mais dinâmico como a estudante do 4° período do bacharelado, Eduarda Freire. Após abandonar o curso de engenharia elétrica na UPE, a universitária partiu para design, onde encontrou o que estava procurando. “O curso une duas coisas que eu adoro: a arte e engenharia”, aponta.   Ela conta que encontra disciplinas bem práticas, o que torna o aluno mais preparado para o mercado. “Todo final de período temos que apresentar um projeto, então estamos sempre pondo em prática o que aprendemos”, comenta.  De acordo com a estudante,  trabalhar na criação ou no melhoramento de um produto é a área em que irá se enveredar e explica que “design é elaborar e projetar”.

Traçando um caminho diferente da estudante, o designer gráfico Ciro Leimig, optou por uma área que atrai muitos jovens: direção de arte. O profissional, atuante no mercado desde 2007, trabalha juntamente com a publicidade. Ciro explica que Recife ainda tem uma certa resistência com o profissional de design. “É um mercado que ainda está crescendo. Em 2005 existiam apenas duas instituições com a graduação, então o mercado ainda não estava preparado para esse profissional dinâmico”.

De acordo com ele, o campo que trabalha com o visual, como cartazes e anúncios são os que possuem mais oportunidades para quem está começando agora.  Mas ele afirma também que é difícil faltar emprego em qualquer área de atuação de um designer. Então quem estiver pensando em fazer uma graduação em design deve sempre investir no novo e pensar o diferente para se destacar dentro de um polo que está a todo vapor.  

 

COMENTÁRIOS dos leitores