Os múltiplos contadores

Para exercer a profissão é preciso dominar, além da matemática, o patrimônio das entidades, que compreende o conjunto de seus bens, direitos e obrigações

por Samara Loppes qua, 15/08/2012 - 00:58
Shutterstock

A expansão do mercado empresarial no Brasil ofereceu aos contabilistas e contadores uma grande oferta de empregos no setor. Garantida pela Lei Comercial, cada empresa deve ter, no mínimo, um profissional da área que irá atuar no registro, controle e fornecimentos de informações para os usuários da empresa, que podem ser administradores, acionistas, sócios, governo, banco e demais interessados.

Para ser um contador, é preciso ser formado no curso de ciências contábeis, que faz parte da grade de serviços oferecidos pela maioria das instituições de ensino superior do País. A coordenadora do curso na UNINASSAU, Alessandra Brasiliano, explica que não é necessário ser "bom" em matemática para ser um contador. "Na empresa, esse profissional tem como principal objetivo o patrimônio das entidades, que compreende o conjunto de seus bens, direitos e obrigações, e isso significa que ele não deve pensar que para cursar contábeis é preciso dominar apenas a matemática. Durante o curso ele vai perceber que essa disciplina é básica, mas não é a mais importante de todas", afirma.

De acordo com a coordenação do curso, durante o período em que o aluno estiver na instituição (gerlamente os quatro anos de uma garduação comum, com oito períodos) ele irá conhecer as disciplinas de direito empresarial e legislação societária, contabilidade empresarial, entre outras. As cadeiras irão formar os alunos para produzirem dados, transformá-los em informações e preparar relatórios para a tomada de decisões no local de trabalho.

A área de atuação é bastante ampla dentro das empresas, sejam elas privadas ou públicas. Nas privadas, pode-se seguir as funções de Contador Geral, Contador de Custos, Auditor Interno, Analista Financeiro. Já nos órgãos públicos, o profissional poderá ser Contador Público, Agente Fiscal de Rendas do Município, Estado e União, como Auditor do Tribunal de Contas; além de ter a liberdade de abrir o próprio negócio ou seguir carreira acadêmica.

Os estudantes Michael Douglas e Josiane Aparecida estão no primeiro período do curso. "Nunca fui fã de matemática, mesmo assim, decidi seguir contábeis pelas oportunidades no mercado de trabalho. Acho que não adianta fazer um curso e ficar desempregado", conta Josiane. "Já eu fiz o curso técnico em administração e, na época, uma das cadeiras era contabilidade, acabei tomando gosto pela disciplina e decidi entrar na graduação", acrescenta Michael.

Quem estiver interessado na carreira também tem a opção de procurar um curso médio/técnico e receber a titulação de técnico em contabilidade ou contabilista. Já quem faz o ensino superior e deseja receber a titulação de Contador, deve fazer o Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade.

 

COMENTÁRIOS dos leitores