Jornalismo em áreas de conflitos é tema de debate na Aeso

O jornalista pernambucano e autor da recente obra “Dias de inferno na Síria”, Klester Cavalcanti, é um dos participantes da palestra

por Priscilla Costa sex, 22/02/2013 - 09:25

Na próxima terça-feira (26), as Faculdades Integradas Barros Melo (AESO) promove debate sobre o trabalho de jornalistas em cobertura de confrontos. O evento conta com a presença de Klester Cavalcanti, único jornalista brasileiro a entrar na cidade de Homs, a mais devastada da Síria desde o início da guerra civil. A palestra é aberta ao público. Os interessados devem se inscrever até segunda-feira (25) através do site. O evento será no Cineteatro da instituição, às 9h30, que fica na Avenida Transamazônica, 405, Jardim Brasil II, em Olinda, Pernambuco.

O jornalista Klester ficou conhecido pela sua recente obra “Dias de inferno na Síria”, que relata como conseguiu o visto de imprensa do governo sírio para chegar até Homs. Lá, o autor foi detido pelas tropas do ditador Bashar al-Assad, torturado e ameaçado de morte.

O evento objetiva discutir os riscos e as dificuldades mais comuns enfrentadas por jornalistas em coberturas de conflitos, e tentar entender o contexto político dos países que vivem a “‘Primavera Árabe”, onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde dezembro de 2010. Participam também do debate,  o repórter do Jornal do Commercio, Wagner Sarmento e o cientista político e cônsul honorário da República de Malta, Thales Castro.

Nos últimos anos, principalmente durante a “Primavera Árabe”, muitos jornalistas que desafiaram as restrições para entrar e trabalhar em países como Líbia e Síria foram presos por regimes autoritários. Ainda de acordo com a ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em 2012, a Síria empatou com a Somália em número de jornalistas mortos. Foram 18 vítimas no total. Entre elas, a japonesa Mika Yamamoto (Japan Press), os franceses Rémi Ochlik (IP3 Press) e Gilles Jacquier (France 2), a americana Marie Colvin (Sunday Times/Inglaterra), além dos demais profissionais do próprio país.











COMENTÁRIOS dos leitores