Projeto visa inserir público LGBT no mercado de trabalho
Além de oferecer vagas de emprego a comunidade, iniciativas irão capacitar os profissionais
Com objetivo de incentivar à profissionalização e inserção da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) de Pernambuco ao mercado de trabalho, a Secretaria Estadual da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação (Sempetq) lançou na última segunda-feira (2), os projetos Pesquisa Empresa e Trabalho Comunica.
Segundo a Secretaria, as duas iniciativas pretendem criar uma linha de comunicação direta com entidades de representação da comunidade LGBT no Estado de Pernambuco e identificar empresas que desenvolvem ou estejam interessadas em desenvolver políticas de acolhimento deste público em seus quadros funcionais assim como estimular novas parcerias com instituições interessadas em adotar essa cultura de inserção.
Ainda de acordo com a Sempetq, os projetos serão desenvolvidos em parceria com a coordenação LGBT da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e com o Centro Estadual de Combate à Homofobia de Pernambuco (CECH).
Dentro dessa linda, a criação do projeto Pesquisa Empresa visa levar treinamentos, capacitações, palestras e oficinas para as empresas que adotam ou pretendem adotar este tipo de acolhimento. Tendo como intuito também oferecer subsídios para construção do selo da diversidade em Pernambuco.
Já o Projeto Trabalho Comunica pretende ligar as empresas aos profissionais para oferecer vagas de emprego. Serão divulgadas diariamente, por e-mail, ações desenvolvidas para este público, além de oportunidades ofertadas pelas Agências do Trabalho em todo o Estado.
O lançamento contou com a presença de representantes da Sempetq, da coordenação LGBT da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ), do Movimento Ser Coletivo, e da Nova Associação de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Natrape).
Para a presidente da Natrape, Heymilly Maynard, a criação das iniciativas é muito bem-vinda. “Estes projetos chegaram numa excelente hora, pois a comunidade LGBT, mais especificamente o público trans, sofre muito com a exclusão social e vulnerabilidade, estando 96% deste pessoal no mercado informal, vivendo da prostituição ou dependendo de algum meio de renda que desqualifica o cidadão. Tudo por não ter a oportunidade de estar no mercado formal, com carteira assinada e com todos os direitos garantidos”, comemorou.
Ainda não foi divulgado quando os projetos começaram a realizar as atividades. Outras informações podem ser obtidas no setor de psicologia da Agência do Trabalho da Boa Vista pelo número (81) 3183-7059 ou presencialmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
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