Como escolher o melhor preparatório? Cursinho ou isoladas?
Professores dão dicas de qual o melhor caminho para seguir para os feras que ainda estão no ensino médio, aqueles que são recém concluintes e outros que já estão longe dos livros há um bom tempo
Com a proximidade do início de mais um ano letivo, a preocupação sobre qual será a rotina dos futuros vestibulandos já está batendo à porta. Conciliar a rotina de estudos com outros afazeres requer muita disciplina. A dúvida entre a escolha cursos preparatórios ou isoladas parece difícil, mas profissionais da educação destacam qualidades de ambos métodos. Neste momento de decisão é preciso realizar uma análise financeira e de tempo.
Para o professor de física, Hugo Sousa, o estudante deverá entender que antes de tudo a disposição é o principal ponto de partida nesse processo. "Além da vontade, ele deve traçar um um planejamento do curso ou área que ele deseja seguir", completa. Ainda de acordo com o docente, a partir deste ponto, o fera identifica qual será as suas necessidades mediante à concorrência e áreas específicas de conhecimento para cada curso.
O tempo configura-se entre uma das principais questões nessa escolha. Os estudantes que ainda encaram a rotina do ensino médio devem ficar atentos a sobrecarga de atividades neste período. Para o professor de história Pedro Botelho, os preparatórios, conhecido como "cursinhos", que possuem grades semelhanças com a escola, devem ser só escolhidos por estudantes que já terminaram o ensino médio.
"Ficará muito complicado para o fera dedicar-se a ambas atividades. O cursinho exige uma dedicação e revisão de conteúdos. O mesmo acontece com a escola, que, sobretudo, ainda tem a questão de avaliação que toma uma boa parte da preocupação", recomenda. Mesmo tendo preços baixos, aulas diárias e blocadas, os cursinhos podem não ser uma boa alternativa, principalmente, para estudantes que têm aula integral na escola.
Neste caso, quando o tempo não for um aliado o professor Ricardo Rocha explica que as isoladas podem ser uma ótima alternativa. "Já no ensino médio, ele pode optar por se dedicar apenas a buscar o conhecimento nas matérias específicas para a área que ele deseja ingressar na universidade. Por exemplo, se eu quero medicina, vou fazer isoladas de biologia", esclarece.
Ainda de acordo com o docente, depois da escolha é necessário reforçar o conteúdo dentro de casa e manter uma rotina de estudos além do preparatório. "É importante não apenas ir às aulas - seja ela em cursinhos ou isoladas. O estudante deverá reforçar. Quando ele escolher o método, ele deve ficar atento ao caminho que também é de muita importância nesse processo", finaliza.
Com turmas menores e a possibilidade de escolha do professor que se enquadre na melhor metodologia, as isoladas surgem como uma oportunidade para jovens que desejam focar no interesse específico de uma matéria. Nela, os conteúdos são abordados com um maior tempo, proporcionando um aprofundamento. Esse método difere dos cursinhos, como explica Everaldo Chaves, professor de história.
"Com um maior tempo, ele poderá obter um aprofundamento maior em uma disciplina. Mas isso não impede a eficácia dos cursinhos. A diferença é essa escolha de profissional e uma garantia de maior repertório em determinada área", observa.
Um dos fatores que contribuem para essa escolha é a questão financeira. Isoladas têm um custo mais caro em comparação aos cursinhos. Pedro Botelho explica que mesmo com a diferença, estudantes devem ficar atentos as confusões em torno dos métodos.
"De fato, ao escolher algum desses caminhos ele deve pontuar as questões financeiras também, mas isso não exclui a capacidade de desenvolvimento dele - independente de local - o esforço individual é muito importante", pontua.
Para aqueles estudantes que já encararam um vestibular anteriormente, professores recomendam que identifique a partir dos resultados obtidos nas provas anteriores quais as áreas foram de melhor desempenho e outras que precisam ser melhoradas. A partir dessa análise, ele poderá ponderar quais são os caminhos a seguir.
"Se ele teve um bom resultado em várias áreas e pecou, por exemplo, em física. Esse é o momento de investir em uma isolada", explica Hugo Sousa. Já se o estudante saiu há algum tempo da escola e está enferrujado os cursinhos podem ser uma escolha, devido às semelhanças com a rotina de um terceiro ano.
"Cursinhos são sempre uma opção barata e que entregam vários benefícios para aqueles que saíram recentemente do ensino médio ou estão longe das salas de aula há um bom tempo. Nele, conteúdos podem ser revisados e aprimorados de uma forma geral", explica Pedro Botelho.
Ainda de acordo com o docente, aqueles estudantes que desejam estudar em casa para as provas devem redobrar a atenção e buscar conhecimento em fontes confiáveis. "O segredo é se conhecer e, sobretudo, entender as suas necessidades, pontuando as questões financeiras e de tempo", conclui Everaldo Chaves.
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