Superação: Ex-pacientes começam a trabalhar no GAC-PE

Brenda e Karolayne estão incluídas no programa Aprendiz Legal

por Bruna Oliveira sex, 09/08/2019 - 13:20
John Farias/Assessoria de Imprensa/GAC-PE Depois de tratamento, jovens são contratadas pelo GAC John Farias/Assessoria de Imprensa/GAC-PE

As ex-pacientes do Grupo de Ajuda à Criança com Câncer - Pernambuco (GAC-PE), situado no bairro de Santo Amaro, no Recife, Brenda Rayana (20) e Karolayne Maria (19) estão vivenciando um novo desafio: nesta sexta (9), começam  a trabalhar no lugar em que foram assistidas. As jovens estão incluídas no programa Aprendiz Legal, resultado de uma parceria entre a instituição filantrópica e o Centro de Integração Empresa-Escola de Pernambuco (CIEE-PE).

Após longas sessões de quimioterapia para Brenda e quimioterapia e radioterapia para  Karolayne, as jovens venceram o câncer na perna e no sistema linfático, respectivamente. “Foi uma fase muito difícil, porque senti como se todos os meus sonhos tivessem sido apagados e agora sinto como se tivesse nascido de novo”, ressalta Karolayne. O GAC-PE, em parceria com o  Centro de OncoHematologia Pediátrica (CEONHPE), ofereceu às jovens atendimento médico e psicossocial.

Para a oncologista pediatra e presidente do GAC-PE, Vera Morais, a inserção no mercado de trabalho é um passo importante para as ex-pacientes. “Esse recomeço serve de exemplo para outras crianças e adolescentes que estão em tratamento oncológico. Mostra que é possível vencer a doença, resgatar a autoestima e seguir a vida”, destaca a médica. 

Dentro da instituição, as jovens, que são amigas de tratamento, terão a oportunidade de cumprir a função de auxiliar administrativa durante quatro horas diárias. Brenda, não esconde a alegria em começar a trabalhar. “O lugar que sempre me acolheu como paciente, agora me dá oportunidade de trabalho. É o começo da realização dos meus sonhos. No futuro, pretendo estudar medicina e cuidar de outras crianças com câncer”, comenta.

O Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE) foi criado há 22 anos e dá assistência a cerca de 70 pacientes ambulatoriais e 24 em internamento. Além das ações com foco na assistência social, o grupo desenvolve projetos específicos de prevenção e humanização do tratamento. 

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