Em paralisação nacional, UFPE abre campus para comunidade

Universidade conta com aulas públicas, palestras, oficinas, exames, entre outras atividades

por Bruna Oliveira qua, 02/10/2019 - 12:19
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo População pode conferir ações de exames, palestras e demais eventos Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Convocados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), as centrais sindicais, movimentos sociais e associações ligadas à educação realizam, nesta quarta (2) e quinta-feira (3), um ato de paralisação nas universidades por todo o Brasil, que tem como objetivo reivindicar o contingenciamento orçamentário realizado pelo Ministério da Educação (MEC).

Em Pernambuco, atividades estão sendo realizadas durante todo o dia desta quarta-feira na Universidade Federal (UFPE), localizada na Zona Oeste do Recife. Além disso, um grande ato público será realizado na Rua da Aurora, no centro da cidade, na quinta-feira. Ambas ações contam com o apoio da Associação dos Docentes (Adufepe) e do Centro de Educação (CE) da instituição.

“A paralisação que as universidades e a educação de modo geral estão fazendo nestes dias é um marco importante na defesa do Brasil, porque todos nós sabemos que um país só será soberano e desenvolvido se realizar forte investimento em educação, ciência e tecnologia”, declara o diretor da Adufepe, Audisio Costa. 

Para a vice-presidente da UNE em Pernambuco, Débora Silva, a educação não pode ser vista como um gasto, mas como um investimento que precisa ser feito para haja um retorno. “É importante reivindicar porque a universidade conta com três bases na educação que é o ensino, a pesquisa e a extensão. Sem o financiamento necessário, nenhum destes critérios irá progredir”, alega. 

A programação desta quarta-feira é promovida pelos estudantes e conta com palestras sobre a prevenção do câncer de mama, felicidade e mercado de trabalho, além de uma oficina de Libras. Já os professores do CE, que também promovem palestras, oficinas, além de aulas públicas, conversam sobre temas como o Future-se, fascismo, governo Bolsonaro, direitos humanos, entre outros. 

Segundo uma das organizadoras das atividades realizadas no Centro de Educação, Fátima Cruz, a ideia é de que, neste dia em especial, a universidade se torne aberta para a comunidade e sociedade. “Professores estão realizando aulas públicas com conteúdos mais acessíveis para que a população possa compreender a função social da instituição”, explica.

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