Enem: aprenda estratégias para passar em medicina

Professores revelam estratégias para ser utilizadas nas provas que envolvem biologia, química, física, matemática e redação

por Bruna Oliveira dom, 13/10/2019 - 13:01
Nappy De acordo com Ministério da Educação (MEC), o curso foi o mais procurado na segunda edição do Sisu 2019 Nappy

Quando o estudante resolve cursar medicina passa a encarar uma rotina que envolve muitas horas de estudo, já que a formação é uma das mais concorridas tantos nas instituições públicas quanto nas particulares. De acordo com Ministério da Educação (MEC), a formação foi a mais procurada na segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2019.

De forma teórica, as disciplinas como biologia, química, física, matemática e redação possuem peso para os candidatos que irão fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e desejam utilizar a nota para ingressar na graduação de medicina. O LeiaJá conversou com professores que revelaram estratégias indispensáveis para os participantes fazerem uma boa prova. Confira:

Biologia

A prova de biologia é muito importante, pois o conteúdo é relacionado ao que o aluno de medicina irá estudar em sua graduação. Segundo o professor Fernando Beltrão, a atitude do participante é o principal ponto na hora da prova. “Quase todas as questões abrem com um texto, gráfico, tabela e depois vem um enunciado, seguido das alternativas. O estudante deve primeiro ler o enunciado, depois ler o texto, gráfico ou tabela e por último ler as alternativas”, conta. 

Se o candidato possuir dúvidas entre duas alternativas, na qual uma é a correta e a outra a ‘distratora’, o professor indica que ele deve reler o enunciado. “O aluno deve reler a pergunta e fazer um remendo para entender o que o Exame está querendo saber dele naquele ponto”, fala. Segundo o docente, também é importante que o participante domine assuntos como fisiologia humana, evolução, ecologia e genética.

Química

De acordo com o professor de química Berg Figueiredo, o ponto importante é que o Enem trabalha todas as provas com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), no qual o Exame busca a coerência dos acertos e não a quantidade. “Não é estratégico o aluno acertar uma questão difícil e errar uma fácil, porque não é coerente”, esclarece.

Para os candidatos que não sabem como identificar o nível de dificuldade das questões, o professor explica: “As que envolvem gráficos e teóricas são mais fáceis do que questões de cálculos, pois nas teóricas se perde apenas o tempo da leitura, diferente das de cálculo que exigem que o aluno leia o que está sendo perguntado, interprete e faça o cálculo”, fala o docente. 

Por fim, Figueiredo resume que na prova de química o fera deve seguir uma estratégia montada em três pilares. “Primeiro o estudante deve identificar quais são as questões teóricas, depois solucionar as que contém imagem e, por último, fazer as de cálculo”, conclui.

Física 

O professor de física Hugo Souza comenta que durante a prova, os participantes devem primeiro identificar o conteúdo que está sendo pedido, entender os conceitos básicos que permeiam a questão e procurar um padrão de resolução. “A maioria das questões do Enem segue um padrão de resolução que já apareceu em edições anteriores", comenta.

Sobre os assuntos que devem ser dominados, o docente explica que o aluno deve saber sobre ondulatória e eletrodinâmica. “Nesta reta final, o fera deve revisar a parte de equação fundamental da onda, fenômenos ondulatórios, acústica, circuitos elétricos, energia elétrica e potência elétrica", orienta.

Matemática 

Na prova de matemática o fera, além de estar atento à TRI, deve dominar assuntos que figuram entre as questões mais trabalhosas. “Logaritmo e progressão geométrica, por exemplo, devem estar frescos na cabeça do fera, pois por mais que apareçam em poucas questões por edição, costumam valer mais pontos que as demais”, explica o professor de matemática Yago Henrique Silva.

Segundo o docente, é importante que o aluno faça resolução de questões antes da prova. “O Enem é uma repetição, então se o estudante resolveu as provas anteriores e tem conhecimento do conteúdo, na hora do Exame ele tem que procurar palavras-chave sobre área, volume ou outros conteúdos que ele já viu”, explica. 

Além disso, o professor indica que o candidato deve se aprofundar não só na contextualização das questões, mas também nas propriedades e operações matemáticas, visto que a seleção promete ser mais conteudista.

Redação 

Para o professor de redação Diogo Xavier, o fera, antes do Exame, deve ler com atenção a Cartilha de Redação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “O manual traz exemplos de redações notal mil, com os comentários da banca a respeito dos pontos fortes e dos erros", declara.

Diogo também conta que para medicina, o ideal é que o candidato tire uma nota acima de 900.0, portanto a redação deve apresentar uma introdução contextualizada com música, série, filme, citação, fato histórico ou até mesmo dados numéricos.

Já na argumentação, os parágrafos de desenvolvimento devem trazer opiniões bem delimitadas e fatos para comprovar. “O aluno deve trazer um problema, causa, consequências, aspectos negativos ou positivos, juízos de valor e utilizar uma notícia, estatística, fato histórico, citação ou exemplos de conhecimento geral para comprovar”, explica.

Na conclusão, o aluno deve apresentar, ao menos, uma proposta de intervenção bem construída e relacionada ao problema que foi discutido. “O candidato deve esclarecer quem fará, o que será feito e o propósito pelo qual será feito.”, conta.

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