Português teve prova coerente na Unicamp, diz professor

De acordo com o coordenador do curso Poliedro, a prova foi bem atualizada e teve um tom político

por Lara Tôrres seg, 13/01/2020 - 11:12
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A Universidade de Campinas (Unicamp) iniciou a aplicação das provas da segunda fase de seu Vestibular 2020 neste domingo (12). Os candidatos às vagas fizeram provas de português, inglês e redação (que tem duas opções de proposta de texto) e, nesta segunda-feira (13), os estudantes responderão às provas ligadas aos cursos que desejam cursar. Na opinião do professor e coordenador do curso Poliedro de Campinas, Vitor Ricci, a prova de português do domingo foi coerente tanto com os vestibulandos quanto com o histórico da Unicamp. 

“O modelo da prova de português é uma constante nos vestibulares da Unicamp. São questões interdisciplinares onde gramática, interpretação e literatura se conversam. Uma prova muito atualizada, isso se reflete no tema das questões e até nas propostas de redação”, afirmou o coordenador. Outro aspecto da prova de português destacado por Victor foi o caráter politizado da prova, que já não é novidade. “É até uma prova que traz um contexto político, como já aconteceu no ano passado e, neste ano, essa questão política aparece numa questão sobre o filme Bacurau”, disse ele. 

Na redação, os alunos têm duas opções de formato e tema para escolher e desenvolver o texto. O professor apontou para duas opções que colocavam frente a frente um formato mais inovador e um tema com grande presença no cotidiano dos jovens. “Uma das propostas [de redação] pedia um roteiro de podcast. Talvez não tenha sido a mais simples por conta do assunto, que envolvia biodiversidade e sociodiversidade. A outra proposta pedia uma crônica, mas trazia um tema mais presente na nossa sociedade, o machismo, os micromachismos do dia-a-dia”, afirmou Vitor. 

No que diz respeito às questões de inglês, o professor explicou que os textos eram de fácil compreensão e continham palavras-chave que ajudavam os vestibulandos. No entanto, as questões ligadas aos textos, de acordo com o coordenador do Poliedro Campinas, poderiam trazer mais dificuldades aos candidatos. “O primeiro texto falava sobre perda de diversidade genética, e o aluno precisava trazer uma bagagem ali da biologia. No segundo texto, sobre o atentado do 11 de setembro, o aluno precisava de um conhecimento ali da geopolítica para responder completamente à questão”, afirmou Vitor Ricci.

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