CNE não recomenda retorno das aulas, diz MEC

Segundo assessoria de imprensa do Ministério da Educação, órgão não elabora cronogramas e essa medida fica por responsabilidade dos estados e municípios

por Aurilene Cândida sex, 03/07/2020 - 13:46
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Aulas presenciais estão suspensas em todo o Brasil devido ao coronavírus Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A informação que circula de que o Conselho Nacional de Educação (CNE), autarquia ligada ao Ministério da Educação (MEC), recomendou que as escolas privadas voltem às aulas antes das públicas, está equivocada. De acordo com a assessoria do MEC, o presidente do CNE, Luiz Roberto Liza Curi, disse que órgão não elabora cronogramas e essa medida fica por responsabilidade dos estados e municípios. 

 Vale pontuar que as aulas presenciais nas instituições de ensino de todo o estado de Pernambuco foram prorrogadas até 31 de julho. “A Secretaria de Educação e Esportes está trabalhando na elaboração de um plano para retomada das atividades presenciais que inclui um protocolo com diretrizes específicas  para a Educação, observando todas recomendações pedagógicas e sanitárias”, diz a nota oficial enviada à imprensa. Outros estados como Maranhão, Rio de Janeiro e do Distrito Federal flexibilizaram as medidas de distanciamento social e a volta às aulas está prevista parcialmente em agosto.

Em entrevista ao LeiaJá, o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, explicou que, na elaboração do plano de convivência com a Covid-19 específico para a educação básica e nível superior,  também  está sendo analisado outras esferas, como cursos livres, profissionalizantes e cursos de idiomas. Até o momento, porém, não há data oficial para o retorno das aulas presenciais em Pernambuco.

A ideia, segundo Fred, é elaborar um protocolo que atenda ao estado de Pernambuco de maneira geral. No entanto, ele esclarece que isso não acaba com a possibilidade de, em caso de necessidade, olhar para as necessidades específicas de uma determinada região ou município e agir de forma diferenciada de acordo com a realidade local. “A gente não vai ter um plano separado por município, ou separado por região, mas a gente vai, sim, prever a possibilidade de no âmbito das diversas regiões, de poder ter ações caso aconteça uma necessidade específica em uma determinada região”, contou o secretário de Educação. 

Para a elaboração do plano de convivência com o novo coronavírus na educação e seus protocolos de segurança, distanciamento e higiene nas escolas, o secretário Fred Amancio conta que tem realizado estudos, baseado em experiências internacionais, e feito reuniões com entidades ligadas à educação, enquanto os números da pandemia são monitorados pelas autoridades estaduais de saúde. 

“Nosso plano de convivência será em etapas, mas as nossas etapas vão ser um pouco mais à frente. A gente não tomou nenhuma decisão e nem apresentou nada oficialmente, porque primeiro vai ser feita uma avaliação de como foram esses primeiros dias de junho, se verificar com todo o material que a gente vai produzir e apresentar para a área de saúde. Se eles entenderem que é possível a gente dar esse passo, fica a decisão final do governador”, afirmou o secretário. 

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