Estados Unidos: saiba como planejar sua viagem

País é o destaque desta semana da série 'Pós-pandemia: planejando a viagem do sonhos'

por Jennifer Buarque dom, 09/05/2021 - 14:30
Pixabay Nova Iorque, nos Estados Unidos Pixabay

Estátua da Liberdade, Ponte do Brooklin, Hollywood, Disney, Universal, NASA, Madame Tussauds. Não faltam pontos turísticos espalhados por muitos destinos nos Estados Unidos. A cultura americana também é forte, seja por filmes, música e até no vocabulário do Brasil.

Pela pluralidade de destinos dentro dos Estados Unidos, fica difícil para um intercambista escolher um só. A nação americana é o destaque desta semana da série 'Pós-pandemia: planejando a viagem dos sonhos', produzida pelo LeiaJá

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Segundo Marcela Bahia, sócia da SM Intercâmbio, as cidades mais procuradas são Los Angeles e San Diego, na Califórnia, e Orlando, na Flórida. “Califórnia por ter muitos atrativos para jovens e pontos turísticos famosos e praias com paisagens belíssimas. Além de serem destinos que aliam muito bem paisagens naturais com cidades grandes e vibrantes. Orlando por valores mais acessíveis, alternativas de acomodação com familiares que moram na região e vontade de visitar a Disney. Porém, não recomendamos muito essa opção por não gerar uma boa imersão no idioma”, explica Marcela.

Nova Iorque também está entre as cidades mais procuradas. Ítalo Juan, graduando em engenharia e gerente de vendas, por sua vez, escolheu a cidade de Orlando como seu destino. Ítalo diz que já havia conhecido a cidade em uma viagem anterior e se identificou com o estilo do local, por causa dos parques e praias.

O graduando em engenharia optou por estudar em um college americano, que funciona como uma pré-faculdade por dois anos: “Eu morei bem perto da faculdade, o que foi ótimo, pois podia ir de skate, a experiência foi ‘massa’. Minha turma era pequena, tinha 12 pessoas na sala e todos de um país diferente”.

Ítalo diz que não esperava que a experiência de aprender o idioma no país de origem fosse tão diferente de aprender no Brasil: “Você está naquele desespero de falar, porque é a única forma de te entenderem. Na escola, além das provas e do professor nativo, eles tinham o cuidado de ter certeza que você nunca sentaria com alguém do mesmo idioma que o seu. Aliar o estudo à diversão foi uma das melhores coisas. Nessa escola, tínhamos passeios a cada 15 dias que poderia ser na Disney, em livrarias, museus e até em uma fábrica de chocolateria. Eles ainda faziam dinâmicas nos encontros como dar uma lista para que você encontrasse os objetivos lá” relembra Ítalo.

Para o graduando em engenharia, o ponto alto da experiência é o networking. “Mantenho contato com os amigos que fiz até hoje pelas redes sócias. É muito bom porque além de poder praticar daqui do Brasil, eu tenho onde me hospedar quando visitá-los”, diz.

Os Estados Unidos é referência em educação internacional e também é o país mais completo em termos de atrações turísticas e opções em todos os estados. A sócia da SM intercâmbio, Marcela Bahia, aponta as vantagens: “vantagens competitivas educacionais eu com certeza destaco as diversas opções de High School Públicos e privados (estudantes internacionais sempre pagam). No High School, por exemplo, os Estados Unidos conta com o programa J-1 Público, no qual o governo americano subsidia parte do programa de estudantes internacionais, e estes se hospedam em casas de família voluntárias. É um programa que chega a 50% a menos que outros, mas os estudantes não podem escolher o distrito escolar e cidade onde vão estudar”.

Estátua da Liberdade é um dos principais símbolos americanos. Foto: Pixabay

Taynon Santana, turismólogo e consultor da WA Intercâmbio, acrescenta: “O estudante poderá contar com inúmeros programas para desenvolver o inglês para comunicação dentro e fora do âmbito profissional. Isso abrirá portas para quem sabe o estudante ir ficando de vez nos Estados Unidos. Existem inúmeras promoções durante o ano inteiro para os brasileiros irem para lá, dessa forma você aproveita até mesmo compras em Miami, por exemplo, e ainda faz intercâmbio ou vai pra Orlando e aproveita para conhecer a Disneyland. Um grande diferencial é o acordo que existe entre EUA e Canadá, em que qualquer brasileiro que tenha o visto B2, ou seja, o de turismo, poderá entrar no Canadá somente como uma autorização eletrônica chamada ETA (Eletronic Travel Authorization) no valor de 7 CAD, facilmente retirada no site do governo canadense".

Santana continua: "O processo dura dez minutos e só precisa do passaporte com o visto americano impresso, além de um cartão de crédito internacional. Nos Estados Unidos, você tem uma fácil locomoção de transporte público e até mesmo com carro alugado com facilidade e usado”.

. Taynon Santana descreve a média de preço para quem sonha em ir aos Estados Unidos. “O aluno que deseja realizar o sonho americano com preferência em desenvolver o sotaque mais desejado do mundo pode aproveitar promoções de pacotes de intercâmbio que sempre são lançadas, bem como as passagens de ida e volta, dentro de um valor de R$ 2.500, em média. São valores altamente diferenciados quando comparado a outros destinos”, explica.

Segundo Marcela Bahia, muitos intercambistas buscam um ensino superior diferenciado. “O perfil de quem vai estudar nos Estados Unidos é de quem busca qualidade, excelência e status. As melhores e mais famosas universidades do mundo encontram-se lá, como Harvard, MIT, Stanford, UCLA, FIU”, destaca.

Os valores vão de acordo com tempo de programa, local escolhido, acomodação, entre outros. “No intercâmbio de quatro semanas com curso, acomodação e algumas taxas, o estudante investirá de R$ 8 a R$ 12 mil. O ideal é procurar bem uma escola com suas preferências", orienta Taynon.

Visto

Com relação ao visto, Taynon Santana explica: “Dentro dos diversos tipos de vistos que existem para os Estados Unidos da América, podemos citar os dois mais aplicados, o B2 e o F1. O B2 é ideal para aqueles que vão fazer turismo ou estudar até três meses, com uma carga horária de estudo de até 18 horas semanais. Quando você passa pela imigração, poderá ganhar até seis meses para ficar no destino. Caso o estudante escolha estudar mais do que 18 horas semanais, terá que aplicar de toda forma para o F1, mesmo que seja intercâmbio de quatro semanas. Este visto serve também para aqueles que querem ficar seis meses no país. Nesse caso, o aluno terá que pagar por uma carta chamada I20, que ajudará no processo de aplicação no visto de estudante".

Pandemia

Os Estados Unidos já conta com 40% da população vacinada contra a Covid-19 e, nessa semana, o país abriu a fronteira para brasileiros, desde que seja realizada a quarentena. “Neste momento, os Estados Unidos está caminhando rumo à normalidade. O país está com poucas restrições internas e inclusive a máscara apenas está sendo exigida em ambientes fechados. Além disso, já estão havendo festas e shows e festivais menores e no momento as escolas, restaurantes, comércio e parques de diversões encontram-se abertos", destaca Marcela Bahia.

“O consulado americano em todo Brasil segue fazendo agendamentos, mas eles acompanham o número de casos de Covid-19 no país, dessa forma, o sistema abre e fecha em determinados momentos. O ideal é estar sempre atento para fazer o seu agendamento para o processo, que se encontra mais lento. O país está recebendo brasileiros, desde que seja feita quarentena de 14 dias em países que eles aceitem, tais como México, Costa Rica e Nicarágua. No cenário de intercâmbio, o mais indicado é programar tudo para 2022 ou 2023", finaliza Taynon Santana.

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