Mais um estudante pernambucano vence concurso da Nasa

Aluno do campus de Belo Jardim do IFPE foi destaque no concurso de redação falando sobre Oberon, uma das luas de Urano

por Rachel Andrade qua, 12/05/2021 - 17:56
Divulgação/IFPE Estêvão de Moraes foi um dos vencedores da categoria 'Ensino Médio' Divulgação/IFPE

O Concurso Cientista por um Dia 2020-2021, promovido pela Agência Espacial Americana (Nasa), premiou o estudante Estêvão de Moraes, 17, do curso técnico em Informática para Internet do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) Campus Belo Jardim. Ele é o segundo estudante pernambucano a vencer a uma das categorias da competição.

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Estêvão foi reconhecido pela redação "Oberon: potencial socioeconômico e ambiental", tendo a orientação da professora de português do Campus, Érica Carvalho. O estudante obteve destaque entre os mais de 14 mil concorrentes de todo o País.

Na categoria “Ensino Médio”, em que estava concorrendo, ele foi um dos três vencedores, abordando uma das luas de Urano, Oberon, que era tema da edição do concurso. Sua redação, assim como as dos demais vencedores, será publicada no site da Nasa. Confira a redação de Estêvão:

Oberon: potencial socioeconômico e ambiental Para alguns, o termo “Economia do Espaço Sideral” é algo tão distante quanto o próprio espaço, que é recorrentemente visto como a última fronteira. Todavia, os avanços científicos têm proporcionado descobertas de diversos seres celestes, dentre os quais, encontram-se as luas. Desse modo, por ações da National Aeronautics and Space Administration (NASA) e de outras entidades, o que era desconhecido passou a ser conhecido, embora muito ainda necessite ser feito.

Precipuamente, recolhendo informações sobre as três luas de Urano - Ariel, Oberon e Titânia -, pode-se chegar à conclusão de que Oberon seria a melhor opção para ser explorada. Tal fato se dá porque ela é a segunda maior lua de Urano e possui muitas crateras. Em virtude disso, a humanidade pode estar diante de uma possibilidade de extração de minerais e minérios, oriundos de processos inorgânicos, que, provavelmente, estão situados no material escuro dos algares. Esse fato pode representar uma oportunidade de crescimento socioeconômico e de melhoramento ambiental do planeta Terra, conforme foi elevado o padrão de vida da população mundial pelas inovações tecnológicas, no século XX, como destaca o economista Ludwig von Mises.

Ademais, Oberon, que recebe esse nome em homenagem a um dos personagens de Shakespeare, pode servir de base de abastecimento para missões interplanetárias, pois possui água, ainda que congelada, e aproximadamente metade de sua extensão é formada por rochas. Outra ansa é a exploração da única montanha, situada no Hemisfério Sul, visível nas imagens da nave Voyager 2.

Diante do exposto, esse satélite natural pode contribuir para o avanço da economia do espaço e também servir para o crescimento quantitativo e qualitativo dos estudos científicos sobre o ambiente astral. Além disso, novas descobertas realizadas sobre essa impressionante lua podem fazer com que a população mundial tenha mais apreço e curiosidade sobre a última fronteira.

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