Candidatos que farão a segunda aplicação do Enem 2021 falam sobre preparação após período de incertezas

Nos dias 9 e 18 de janeiro serão aplicadas, além do Enem PPL, as provas para participantes foram beneficiados com a decisão do STF
Adriano da Silva Alves, de 21 anos - Cortesia

Na tentativa de ingressar no curso de publicidade e propaganda ou marketing e pleitear uma bolsa, por meio do Programa Universidade Para Todos (Prouni), Adriano da Silva Alves, de 21 anos, é um dos 281 mil inscritos para a segunda aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, que será nos dias 9 e 16 de janeiro do ano que vem. Com uma rotina dividida entre os estudos para o exame e o trabalho, ele, que é oriundo de escola pública, viveu momentos de incertezas ao ter a isenção da taxa, no valor de R$ 85, negada.

“Fiquei assustado e sem entender o motivo, porque não fazia sentido sermos punidos por algo que não podíamos controlar [pandemia]. A contaminação era quase inevitável”, conta ao Vai Cair No Enem.

Ele explica que não compareceu ao Enem 2020 por causa da crise sanitária, devido à pandemia do novo coronavírus, e sem perspectiva de vacinação. "Estávamos passando por uma situação difícil com o aumento das mortes e falta de vacina. Isso me deixou assustado e eu, simplesmente, não conseguia pensar positivo de que iria fazer a prova sem riscos de contaminação. Além disso, o psicológico estava abalado devido a toda situação".

Com a negativa da isenção, Adriano viu a possibilidade de ingressar no ensino superior um pouco mais distante. Sem poder realizar a prova, coube ao jovem readaptar a rotina e criar um novo cronograma de estudos para o Enem 2022.

“Quando recebi a notícia da isenção negada, eu dei uma desacelerada nos estudos e foquei nas matérias que tinha dificuldade, visto que, eu teria um ano livre para dar mais atenção a esses conteúdos”, relata.

Adriano conta que não esperava que as inscrições fossem reabertas. "Foi uma surpresa para mim. Fiquei perdido com algumas informações, mas, no final, deu tudo certo", diz aliviado. Neste momento, ele se diz ansioso nesta reta final, mas mantém o desejo de cumprir o cronograma de estudos e chegar preparado na avaliação no início do próximo ano.

"Não continuei me preparando porque achei que seria perda de tempo"

Diferente de Adriano, Lorenna Dafne de Azevedo Santos, de 23 anos, interrompeu a rotina de estudos ao ter a isenção da taxa negada e, consequentemente, estar fora da avaliação deste ano. Sem perspectivas para uma nova oportunidade, o principal sentimento de Lorenna foi frustração. Ausente na última edição do Enem, ela justifica o fato ao período crítico de pandemia no país.

“Quando eu tive a isenção negada, não continuei me preparando porque eu achei que seria perda de tempo eu continuar estudando pra fazer a prova no ano que vem, então, eu me senti um pouco frustrada, visto que eu não iria conseguir pagar. Isso iria afetar um pouco o meu orçamento, por isso, não dei continuidade, interrompi a minha rotina de estudos", explicou.

Com a possibilidade de realizar a edição deste ano, mas em uma data diferente, a candidata, que pretende ingressar em uma universidade pública no curso de administração, retomou os estudos de forma autônoma. "Faço algumas questões, mas não frequento nenhum preparatório. Eu estudo sozinha mesmo". 

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