Pesquisadores promovem debate sobre patrimônio e memória

UNAMA - Universidade da Amazônia sediou encontro de professores e estudantes para falar de cultura e sociedade

qua, 10/11/2021 - 18:41

A UNAMA - Universidade da Amazônia sediou, nos dias 3 e 4 de novembro, o V Encontro de Patrimônio Cultural e Sociedade. O tema do evento foi “Patrimônio cultural memórias e materialidades”. A programação contou com grupos de trabalho, exposições, mesas-redondas e feirinha.

O coordenador do evento, professor Diego Santos, destacou a importância da parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) para a valorização do patrimônio histórico e artístico. Segundo a professora Deyseane Ferraz, a união existe desde a primeira edição do evento.

Cristina Senna, pesquisadora do Museu Emílio Goeldi, mediou o debate sobre "Patrimônio vivo: saberes e fazeres tradicionais". “Patrimônio, para mim, é uma ficção, ele parte de uma ideia construída a partir das pessoas e estabelece uma relação de olhar o mundo, e ao mesmo tempo nos relata o passado, já que foi construído através dos anos, sendo também importante para o nosso futuro. Antes de tudo, é o que nos move para a vida”, assinalou a pesquisadora.

Enilson Souza, geógrafo, advogado e doutor em Ciências Ambientais, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e coordenador do Programa de Pós-graduação em Geografia e Meio Ambiente, participou da mesa sobre fazeres tradicionais e falou sobre a importância das discussões para os alunos. “Tentamos mostrar nossa trajetória de dificuldade, que é mais dificil chegar na universidade por ser negro, mais dificil ainda ser professor e mais ainda doutor, em uma universidade que é predominantemente branca. Essa luta é nossa. Chegar na universidade e dizer: 'Eu sou professora da universidade, eu sou doutor e eu sou preto, eu estou aqui e o meu trabalho tem a mesma qualidade de qualquer um'", afirmou.

O aluno Gabriel Barros, do curso de Direito da UNAMA, acentuou a relevância do evento para a sua formação profissional. Os debates, disse, permitem que as pessoas formem uma visão diferente sobre as parcelas menos representadas na sociedade.

A atriz Maria Barros participou de uma performance artística, na qual representou a Matinta Encantada, personagem que se refere à lenda paraense da “Matinta Pereira”. No hall de entrada da UNAMA, houve feira de economia criativa e exposição de artes.

Por Alessandra Nascimento e Dinei Souza.

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