O ditado corrente na política é que “quem tem tempo, não tem pressa”. Este ditado é válido não só para a busca de alianças políticas, mas também para as interpretações das pesquisas eleitorais e construção de estratégias.
Atores políticos, inclusive os sábios, só desejam saber, ao olharem para uma pesquisa, qual candidato tem mais votos. Eles olham para a variável “Intenção de votos” e definem, de antemão, os seus candidatos. Publicitários, quando são contratados por políticos, fazem a mesma coisa.
Costumo frisar que até 30 dias antes da eleição, a intenção de voto importa pouco. O que importa, inclusive neste instante, são as condições de crescimento de um candidato. As pesquisas realizadas neste momento servem, inclusive, para a construção de cenários eleitorais.
A construção de cenários eleitorais requer raciocínio lógico. A teoria dos jogos, ferramenta da matemática, contribui para a construção de cenários. Fico impressionado quando pesquisas constroem cenários colocando variados candidatos de oposição num mesmo cenário. Ora, a candidatura de um candidato da oposição, pode inviabilizar a candidatura de outrem da oposição. Portanto, o cenário sugerido pela pesquisa não é válido.
Ressalto que a construção de cenários possibilita previsões eleitorais. Destas previsões surgem as seguintes afirmações: no cenário X, o candidato Pedro pode ser o vitorioso. Mesmo diante deste prognóstico, o estrategista do candidato precisa considerar as estratégias de campanha. Por sua vez, estas são construídas a partir de pesquisas qualitativas e quantitativas e Análise de Conjuntura.
Estratégias são ações eficazes de comunicação que servem para conquistar eleitores e enfraquecer o oponente. Aspectos emocionais, frases de efeito, jingles, discurso, propostas de campanha, temas que devem ser fortemente abordados na eleição. Estes pontos fazem parte das estratégias. Quando uma estratégia é eficiente, ela muda a história da eleição!
Não tenham pressa! Mas também não sejam míopes. Esta é a minha recomendação para os que me pedem um conselho. Estratégias importam e mudam o comportamento dos atores. Os possíveis vitoriosos de hoje, podem não ser os vitoriosos de amanhã.
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