Janguiê Diniz

Janguiê Diniz

O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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Pra frente é que se olha

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

| ter, 27/12/2022 - 08:45
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O ano chegou ao fim e, tradicionalmente, nessa época as pessoas costumam fazer uma revisão de como foram os últimos 12 meses. Revisitar os melhores (e até os não tão bons) momentos até é algo positivo, mas não se pode ficar preso ao passado, sem lembrar do que realmente importa. Há que olhar para a frente, em direção ao futuro, porque é nele que chegaremos.

Tenho certeza de que cada um tem algo a celebrar. É certo que 2022 foi um ano de grandes desafios, mas também de muito trabalho e vitórias. A pessoa que você era no dia 1º de janeiro certamente não é a mesma de agora. Você mudou, se desenvolveu, aprendeu, realizou sonhos, atingiu metas. Você viveu. Seja grato por tudo isso.

Mas o passado não volta. É tempo de voltar-se para o que estar por vir. Todo fim é também um recomeço: um ano acaba para o outro iniciar. À frente, 365 novas oportunidades de ser feliz, alcançar grandes feitos, conquistar, realizar novos sonhos, empreender, enfim, viver. Prepare-se para a chegada de 2023 fazendo sua lista de prioridades, estabelecendo seus objetivos e traçando as estratégias para fazer com que eles se tornem realidade. Prepare também a sua mente, pois ela será sua principal aliada e arma na batalha pelos seus objetivos.

É hora de seguir em frente, encarar os desafios com a cabeça erguida e a mente forte. Os obstáculos não podem ser impeditivos, mas devem ser transformados em molas a dar impulso para o crescimento. Nada pode parar quem tem um propósito de vida forte. Ao descobri-lo, você terá o combustível da sua existência, a razão pela qual acordar todos os dias com energia e disposição para trabalhar, criar, conquistar.

Pessoalmente, não acredito em listas de Ano Novo, pois elas, muitas vezes, são apenas palavras escritas. Acredito, sim, no compromisso, na obstinação, na vontade de fazer, pois estes vêm da mente, do desejo mais íntimo. Como tal, devem ser externados e postos em prática, para que, no ano que começa, transformem-se em sonhos realizados e objetivos alcançados. Vamos em frente.

 

(Não) É só um jogo

Janguiê Diniz, | seg, 19/12/2022 - 13:29
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Muitos dizem que uma partida de futebol é só um jogo. Eu concordo. Outros dizem que não é apenas um jogo. Eu também concordo. A verdade é que o futebol é entretenimento e, como tal, pode ser encarado com leveza; mas, ao mesmo tempo, é também negócio, sustento e fonte de inspiração. A Copa do Mundo veio para nos relembrar dessas duas facetas do esporte.

Durante essa Copa no Catar, quem assistiu as partidas de forma atenta e crítica captou insights para além das estratégias de jogo. O que vimos em campo foi muita garra, busca por sonhos, determinação, trabalho em equipe, tática, inspiração, companheirismo. Tudo isso está inserido também no mundo do empreendedorismo. E é por essa razão que constantemente relacionamos o esporte ao ato de empreender.

Se pensarmos bem, as tão faladas “zebras” da competição nada mais são frutos de determinação e sonhos que foram realizados. Marrocos foi a primeira seleção africana a chegar a uma semifinal de Copa do Mundo; times tradicionais como a Alemanha foram eliminados por outros considerados inferiores. Daí se depreende que não se pode menosprezar concorrentes, mesmo que eles não estejam no seu nível. Muitas vezes, é esse “pequeno” competidor que vai dar a volta por cima e lhe deixar para trás, amargando prejuízos no seu negócio.

Também devemos olhar para os jogadores. Neymar sofreu uma lesão e se recuperou em tempo recorde, depois de cuidados intensivos. A determinação do craque o levou a entrar em campo, recém-chegado do departamento médico, e ainda marcar um gol. Richarlison também teve uma participação digna de aplausos. O seu emblemático gol de voleio não foi “sorte” ou acaso: ele já havia treinado a jogada inúmeras vezes. Um bom empreendedor não conta com o improviso ou apenas o talento, mas se prepara, estuda, aperfeiçoa suas habilidades para ser cada vez melhor.

Futebol é diversão, é lazer, mas também é coisa séria. Tirando da frente os fanatismos e outras problemáticas, podemos ver que, dentro ou fora das quatro linhas, é um universo que respira empreendedorismo. Analisar mais atentamente as partidas é um exercício prolífero e que certamente trará grandes ensinamentos. De fato, não é só um jogo.

Não decidir também é uma decisão

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

por Giselly Santos | seg, 21/11/2022 - 10:29
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O título deste artigo é inspirado em uma frase que li, dia desses, atribuída ao baterista Neil Peart, da banda canadense Rush, que também é escritor. Pode parecer óbvia, mas traz em si um punhado de reflexões a serem feitas. Como empreendedor, falando para empreendedores, eu digo, complementando Peart: quando você não decide, automaticamente está decidindo pela inércia, a inação e o atraso. Ou seja, quem se furta a tomar decisões está “deixando a vida passar”.

Tomar decisões é um fato corriqueiro da vida. A todo tempo estamos escolhendo, desde a cor da camisa que vamos vestir até, por exemplo, coisas que nem percebemos como escolhas, como levantar da cama para trabalhar ou escovar os dentes. No âmbito profissional, também é necessário tomar decisões, estas, por vezes, mais sérias e “importantes”, uma vez que podem influenciar na carreira ou nos negócios, com impactos até financeiros. E é aí que entra a reflexão principal que trago neste texto: é preciso saber decidir e decidir bem. Negar-se a escolher, por medo, indecisão ou insegurança, é tão nocivo quanto – ou até mais que – fazer uma má escolha. Reflitamos: ao errar em uma decisão, ao menos você aprende e pode não retomar aquele erro; não decidir, no entanto, é não sair do lugar, não traz nenhum tipo de mudança ou evolução.

É bem verdade que tomar uma decisão pode parecer um processo complicado, mas há técnicas que ajudam a simplificá-lo. Há quem pense que ter menos opções ajuda a escolher mais facilmente. Isso pode até parecer certo, mas, tendo apenas duas opções, por exemplo, você deixa de avaliar outras possibilidades mais criativas e completas. Já com três ou quatro alternativas, você tem mais parâmetros para avaliar a situação e mais possibilidades de atuação. O importante é avaliá-las de forma prática, separando as que não parecem boas. Com o tempo, fica mais fácil reconhecer padrões nas decisões que você precisa tomar, situações que se repetem, o que abrevia o tempo de escolha. Há que sempre se ter em mente: o que pode resultar em melhorias ou progresso? Seguir nesse caminho é um indicativo de sucesso.

Não há para onde correr: fazer escolhas é uma das ações mais comuns no dia a dia, ao mesmo tempo que pode ser uma das mais indesejadas ou difíceis. Não há por que, no entanto, torná-la um martírio. Tudo fica mais fácil quando se tem um objetivo muito claro em mente, seja na carreira, seja nos negócios, seja na vida pessoal. Essa orientação vai guiar as decisões na direção correta. O que não se pode é deixar de escolher, posto que essa falta de atitude trará, fatalmente, prejuízos, ou, no mínimo, a estagnação. E ninguém deveria ficar parado apenas pela incapacidade de tomar uma decisão.

 

Tempo de reerguer

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

Janguiê Diniz, | seg, 31/10/2022 - 11:41
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Após dois anos de profunda crise, com diversos aspectos da economia brasileira afetados e efeitos sentidos por boa parte da população, o Brasil parece começar a esboçar uma retomada das atividades a níveis “normais”. Registramos deflação e a projeção para o PIB em 2022 é de crescimento próximo aos 3%. Os indicadores apontam para um futuro melhor, embora reflexos ainda não sejam plenamente sentidos no bolso do brasileiro. O cenário, somado à disputa eleitoral, traz desafios para a próxima gestão.

Chegamos a um momento definidor. As ações governamentais, daqui para a frente, devem estar pautadas no reforço da atividade econômica e no estímulo ao empreendedorismo, além do auxílio aos mais necessitados. Estes, de maneira especial, precisam ser atendidos pois são parcela importante da população e, podendo voltar a consumir, ajudam a movimentar toda uma cadeia econômica. Como defensor do empreendedorismo, também não posso deixar de citar os que empreendem, lidam com negócios e oferecem produtos e serviços que fazem a diferença no mundo. É preciso desburocratizar, tornar a abertura e mesmo o encerramento de empresas mais ágil (no último caso, para que o empreendedor possa partir para outra seara rapidamente), facilitar o acesso ao crédito – sem o risco dos juros altos. São diversas frentes que devem ser atendidas.

É hora de as disputas políticas ficarem de lado e os representantes escolhidos democraticamente pelo povo, em todas as esferas, trabalharem em sintonia para desenvolver uma retomada forte para o Brasil. É hora de incentivar a indústria, o setor de serviços, o turismo, a cultura, enfim, todos os setores que geram tanto lucro, quanto oportunidades. Uma agenda social bem estruturada também é capaz de impactar positivamente, uma vez que, se o dinheiro chega na mão do mais pobre, como falei anteriormente, circula e fortalece toda uma economia local, importante base para o desenvolvimento do país como um todo. São muitas frentes a se “atacar”, muito planejamento a ser feito, mas, principalmente, carecemos de ação.

Depois de amargarmos tantas perdas, em vidas e em economia, é hora de cuidar desses dois pontos. Ambos são essenciais para a manutenção do país, é assim que a grande máquina funciona. Um novo ano se aproxima, uma nova oportunidade de fazer dar certo. Sempre bom lembrar, também, que o governo sozinho não vai resolver tudo, é preciso que os empreendedores e a sociedade em geral se mobilizem e envidem esforços para realizar a grande retomada de que o país necessita.

O metaverso vai vingar?

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

por Giselly Santos | seg, 24/10/2022 - 08:58
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Desde que o Facebook anunciou a criação da Meta como sua grande holding e popularizou o conceito do metaverso (que não foi criado por Mark Zuckerberg, é bom lembrar), muito se tem falado sobre essa realidade digital interativa. Para além dos recursos de entretenimento, com jogos em 3D que prometem ganhar o público mais jovem, a tecnologia se mostra promissora para negócios, marcas e profissionais. Mas será que essa moda pega?

O metaverso é, na verdade, um conceito, que compreende uma realidade “paralela” e virtual, em que cada pessoa pode ter um avatar e interagir com outras pessoas. Não é um único universo, mas cada marca/empresa pode ter o seu espaço limitado, desde que ele seja acessível e permita interações. Com isso, têm surgido os metaversos de diversas empresas, bem como marcar vêm investindo em ações de branding por lá. Shows, apresentações, seminários, congressos, reuniões de negócios e mesmo audiências judiciais já estão sendo realizadas no metaverso, prova de que há um movimento de desbravar essa nova tendência.

Particularmente, inovações são sempre bem-vindas, quando melhoram a vida das pessoas ou oferecem novas possibilidades. Por enquanto, é isso que o metaverso tem feito, criando um novo conceito de interação a distância. Estudos apontam que, num futuro não tão distante, o metaverso já fará parte da nossa vida como algo comum, em que todos poderemos acessar e realizar diversas atividades. Preocupa-me, apenas, o nível de “absorção” que esse universo pode exercer sobre as pessoas. Há diversos filmes e séries que abordam a questão de como a realidade virtual pode ser viciante, como um escapismo do mundo real. Parece algo distante, mas não é impossível de acontecer.

Já pensando sob a ótica dos negócios, as marcas precisarão saber como aproveitar ao máximo o metaverso de forma a impulsionar seus lucros, fortalecer sua presença digital e cativar o público. Do contrário, será um investimento jogado no lixo, pois não surtirá os efeitos pretendidos. Os investimentos em desenvolvimento de tecnologias e em marketing deverão ser olhados com mais cuidado, para que, direcionados corretamente, resultem em soluções criativas e de impacto.

Vivemos a era da tecnologia, que está em plena expansão e transformação. O metaverso é um desses “eventos” que mudam de certa forma a maneira como nos relacionamos, mas ainda parece ter um longo caminho de sedimentação à frente. A conferir como irá se desenrolar. Por enquanto, vale pesquisar, investir e buscar soluções que incluam essa realidade virtual tão falada e almejada.

 

A Copa pós-eleição (ainda bem)

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

| seg, 10/10/2022 - 11:17
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Tradicionalmente, a cada quatro anos, a Copa do Mundo praticamente faz parar o Brasil durante um mês. Por uma infeliz coincidência, o evento ocorre no meio do ano, em período de campanha eleitoral nacional. Acaba, muitas vezes, tirando o foco dos debates de ideias e propostas, entorpecendo a população na torcida. Este ano, a disputa ocorrerá após o término das eleições, uma boa oportunidade para focarmos no que realmente importa: o futuro do país.

Como o “país do futebol”, o Brasil tem o mau costume de priorizar o esporte sobre muitas coisas, como a política. Todo ano de Copa é o mesmo cenário: as ruas e casas são pintadas de verde e amarelo, todo mundo se volta para a competição, e esquece que há uma disputa de extrema relevância em andamento fora dos campos. E não apenas nas eleições, mas no cenário político de um modo geral. É nesse período que, muitas vezes, aproveita-se para “passar boiadas” nas câmaras federais, estaduais e municipais, enquanto as atenções estão direcionadas ao entretenimento.

Essa perspectiva reforça a importância da educação política e de acompanhar os desdobramentos das ações dos representantes do povo. Políticos são, acima de tudo, servidores da sociedade, eleitos para atuar de acordo com a vontade de quem os colocou em suas posições. Acontece que muito fazem da atividade política apenas um meio de vida e de enriquecimento (por vezes enveredando pela ilicitude), relegando suas tarefas na construção de um país melhor para todos a segundo plano. E a sociedade tem que se revestir dos cuidados adequados para não deixar que isso aconteça. A velha política de pão e circo não se sustenta mais, deve ser sumariamente negada e dar lugar a uma política de vida e progresso.

Em um país em que milhões amargam decisões erradas tomadas por governantes em diversas esferas, a eleição é um momento de extrema relevância. É a hora de definir os rumos do país e deve ser utilizada para colocar nos cargos públicos pessoas sinceramente dedicadas ao bem-estar comum. Torcidas e paixões devem ser deixadas para o futebol, que terá seu momento máximo pouco após o pleito, e dessa vez não dividirá atenções. Uma ótima oportunidade para evitar a distração e focar no que realmente importa: escolher bem.

Mentoria: exemplo e transformação

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

por Camilla de Assis | seg, 03/10/2022 - 12:45
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A jornada empreendedora pode ser ingrata, difícil, árdua. Há que se enfrentar obstáculos e adversidades, superar barreiras e testar limites. No entanto, também é possível tornar esse caminho mais tranquilo e mesmo mais curto, por meio de uma ferramenta preciosa: a mentoria. Escutar quem já deu tais passos é a melhor forma de evitar problemas e garantir melhores resultados.

Uma decisão bastante inteligente que todo empreendedor pode e deve tomar é cercar-se de bons mentores especializados no setor em que quer atuar. O mentor é uma versão mais potente e acessível de alguém que você se propõe a modelar. Quando você descobre e reproduz com diligência o que os indivíduos de sucesso fazem e aquilo que os distingue dos demais, você se dá também a oportunidade de desenvolver algo ainda mais surpreendente.

O processo de mentoria, importa ressaltar, não é unilateral, não é uma aula, nem muito menos impositivo: ambos, mentor e mentorando, descobrem juntos os melhores caminhos a seguir, em uma relação de troca e confiança em que as duas partes se beneficiam. Pessoalmente, tenho mentorado empreendedores nos últimos anos e os resultados que testemunho são extraordinários. Muitas vezes, o mentorando muda completamente sua visão de vida e de negócios com poucos ensinamentos. É como se uma chave virasse em sua mente que o permitisse enxergar tudo de forma diferente, melhor, mais robusta. Daí à frente, ele pode seguir em escala exponencial e fazer seus negócios decolarem. A mentoria é transformadora.

Inclusive, o Instituto Êxito de Empreendedorismo, o qual tenho a honra de presidir, realiza anualmente o Êxito Mentoring Experience, programa de mentorias e desenvolvimento de negócios que tem impactado positivamente dezenas de vidas, carreiras e empreendimentos, promovendo conexões entre pessoas de diversos lugares do país e facilitando a troca de experiências. Os reflexos do programa são incontestáveis: de parcerias e sociedades firmadas à multiplicação dos lucros de empresas, a mentoria é capaz de realmente gerar grandes transformações. É nítido que, ao final do processo, os participantes saem em estágio muito mais avançado do que entraram, com novas ideias, novos projetos e propósitos.

Para um empreendedor, aprender com quem tem mais experiência é essencial para alcançar o sucesso em suas empreitadas. Buscar a mentoria é ter um (ou vários) mestre, um aliado experiente que estará ao seu lado ajudando a caminhar, evitando as armadilhas e os percalços, ensinando e facilitando melhorias. Do outro lado, ser mentor é poder contribuir para o impulsionamento de vidas e negócios, gerar riqueza e impacto social. Todos saem ganhando.

Nasceu pobre, vai morrer pobre?

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

Janguiê Diniz, | seg, 26/09/2022 - 08:35
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Existe certo tipo de pensamento, muito forte no Brasil, de que pessoas que nascem em uma condição social mais baixa não conseguem ascender e permanecerão a vida inteira naquela realidade. Ora, se tudo fosse seguir esse determinismo, nosso país não teria tantos prodígios em tantas áreas, pessoas que venceram dificuldades e transformaram suas vidas. Como disse uma vez Bill Gates, “se você nasceu pobre, a culpa não é sua, mas, se você morrer pobre, a culpa é sua”. A questão é querer e buscar.

E aqui, que fique claro: desenvolver-se na vida, conseguir progredir e até enriquecer, muitas vezes, não depende apenas de uma decisão pessoal. Há grande número de fatores, variáveis e influências externas que interferem nesse processo. A decisão de tentar, no entanto, é exclusivamente de quem a toma. É dela que tudo começa. Pessoalmente, posso dizer que vim de uma realidade de extrema pobreza, minha família teve que fugir da seca, mas descobri na educação o caminho para sair daquele status quo. Foram inúmeros desafios, empecilhos, mas a vontade de fazer dar certo era maior do que o sentimento de derrota. Foi preciso ter a mente sempre voltada para o objetivo final, a fim de suportar todas as forças contrárias.

Por isso, defendo sempre que é preciso buscar as diversas riquezas na vida, como a financeira ou material. Mas importa ressaltar que que este tipo de riqueza deve ser conquistado de forma honesta e íntegra, para que se multiplique e perdure. E, retomo, pode ser alcançado por quem assim desejar, mesmo em condições adversas: para alguns, será uma jornada mais difícil, mas jamais impossível. São inúmeros os exemplos de pessoas que venceram sua situação de pobreza e prosperaram por meio do trabalho, aliado à educação e ao empreendedorismo.

Há, sim, diversos fatores que interferem na jornada de uma pessoa. Eles não devem, no entanto, fazer esmorecer a vontade de alcançar a riqueza, o sucesso e a prosperidade. Pelo contrário, a dificuldade torna a vitória ainda mais reconfortante, além de ser um período de aprendizado e fortalecimento. Ninguém precisa morrer pobre porque nasceu pobre; deve, entretanto, buscar transformar essa realidade em uma mais favorável e positiva.

A fome e a falta de futuro

Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

Janguiê Diniz, | seg, 19/09/2022 - 08:05
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O Brasil voltou, este ano, para o Mapa da Fome da ONU. Mais da metade da população vive em situação de insegurança alimentar, enquanto milhões amargam a miséria e pobreza extrema. A fome é, novamente, uma chaga de nossa sociedade cada vez mais presente, como reflexo de uma pandemia devastadora. Combatê-la se faz imperativo e urgente, uma vez que, com fome, ninguém tem capacidade de trabalhar, estudar nem viver. A fome não só mata, ela tira a perspectiva de futuro.

Senti fome na minha infância, embora não possa dizer que vivia na miséria. Éramos muito pobres, em uma cidade no interior da Paraíba. Minha família precisou sair de lá para fugir da seca, meus pais sempre em busca de melhores condições. Conseguimos vencer e melhorar de vida. Mas sempre me pego imaginando a vida de outras pessoas que não tiveram o mesmo destino. A fome dói, amarga. Mais que isso, ela debilita, faz minar as forças, o que desencadeia um ciclo de “afundamento”: com fome, não se consegue desenvolver atividades que levem ao sustento. Esse é um ponto que carece de muita atenção.

O ponto principal é: falar na fome não é só falar na falta de alimento, mas também na falta de desenvolvimento – pessoal, profissional, econômico. Segundo a ciência, na infância, a falta de alimentação correta retarda o desenvolvimento cerebral, com consequências até irreversíveis. Na adolescência, pode afetar o crescimento do indivíduo. E esse é um grave problema. Com uma parcela tão grande da população que atualmente não consegue se alimentar bem, não é estranho dizer que a situação pode ter impactos a médio prazo, inclusive, no mercado de trabalho e na economia, caso não se resolva. A mão de obra cada vez mais incapacitada é uma perspectiva extremamente triste. Não se pode deixar que isso ocorra.

Neste momento, é preciso um esforço extra do poder público, em todas as esferas, para combater a fome. Não basta conceder auxílios, mas urge a realização de programas e ações estruturantes que prestem assistência aos mais necessitados. É surreal termos mais da metade da população nacional passando por insegurança alimentar, sem saber se vai ter o que comer na próxima refeição. Reverter essa realidade que se apresenta tão duramente vai além de salvar vidas da desnutrição: significa salvar o próprio país de uma crise ainda mais grave. É, em suma, cuidar do nosso futuro.

O profissional do futuro, no presente

Janguiê Diniz, | seg, 12/09/2022 - 15:39
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Muito se fala nas profissões do futuro, nas habilidades do futuro, naquilo que será demandado de profissionais e empresas nos próximos anos. Define-se que, daqui a tanto tempo, tais profissões vão acabar, outras vão surgir, que será preciso migrar de área para alguns, entre outras previsões. Mas, para que tudo isso seja possível, é preciso preparar as bases para esse futuro, no presente. Importa sempre lembrar que o futuro começa agora.

Muitas competências e características ditas como "do profissional do futuro" são, na verdade, demandas atuais, que passarão a ser cada vez mais exigidas com o passar dos tempos. Portanto, é preciso começar a se preparar hoje, adquirir o conhecimento e desenvolver habilidades para estar sempre à frente - ou seja, para estar no futuro, mesmo no presente. Quem se antecipa sempre tem vantagens, certo? Até porque não dá para desenvolver as habilidades e competências do futuro apenas quando esse tal futuro chegar, porque, aí, você estará atrasado, e não preparado.

E, quando se fala em habilidades do futuro, não é preciso pensar em algo distante, ou que envolva tecnologia avançada – embora esta esteja bastante envolvida no contexto. Pelo contrário, são pontos sensíveis que podem ser observados no tempo atual e trabalhados com dedicação e foco para que haja melhorias. A título de exemplificação, podemos citar, entre as características do profissional do futuro que podem ser buscadas no presente, a inteligência emocional, a boa comunicação, a multiespecialização, o domínio da tecnologia, a adaptabilidade, criatividade e inovação e o aprendizado constante. Nenhum desses temas é algo de outro mundo, mas deve fazer parte da jornada do profissional que busca se manter relevante e competitivo em um mercado de trabalho cada vez mais acirrado.

Estar preparado para o futuro não implica em desenvolver grandes tecnologias, conhecer de robótica e inteligência artificial ou saber usar o metaverso. Muito mais do que isso, é saber que tendências surgem no presente e devem durar pelas próximas décadas, saber aproveitá-las e criar as bases para a construção de uma carreia sólida. Quer ser o "profissional do futuro"? Seja no presente!

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