Lan Lan (centro) teve que sair às pressas na noite de brega romântico e samba no Eufrásio Raquel Monteath/LeiaJá Imagens

A festa ideal para um dia não tão ideal assim. Esta foi a sensação de quem compareceu neste sábado (5), ao Mercado Eufrásio Barbosa, para a festa “Pega fogo cabaré”. As três competentes bandas que tocaram no palco do espaço, em Olinda, sofreram um pouco com o excesso de eventos que ocorria na cidade, e especialmente as que apresentavam o mesmo público-alvo: Brega Naite, com DJ Ladie Khekhe, Original DJ Copy, DJ Val no Vapor 48 (Recife Antigo) e Faringes da Paixão, no bar Oitão, por exemplo.

Além da disputa pelo público, um previsto fez com que as duas vozes femininas da banda principal da noite, a "Pega fogo Cabaré" (que nomeou a festa) tivessem que correr por conta de um compromisso em São Paulo. A percussionista Lan Lan e a atriz e cantora Emanuelle Araújo tiveram que sair "voando" do palco, após uma apresentação de cerca de 1h. Mas vamos a festa. “Baby doll de nylon”, de Robertinho do Recife, foi a canção escolhida pela banda Pega fogo cabaré para abrir a noite. Divertida e com integrantes diversificados culturalmente - a percussionista baiana Lan Lan, os pernambucanos Sambê e Fabrício Belo e o carioca Aurélio Jaya - a banda engatou sucessos como "Garotinha linda" e "Em plena lua de mel", que divertiram o público presente na noite.

"Fiquei sabendo da festa através de um panfleto da Terça do Vinil, mas achei pouco divulgado", revela a mestranda em sociologia, Laura Patrício, que frequenta festas do estilo "brega-cult", como a Brega Naite, a Putz e a Maledita. A estudante foi com duas amigas, mas confessa que esperava encontrar mais pessoas conhecidas. "Fui ao show de Tanga de Sereia na sexta-feira e estava bem mais animado", conta.

A sensação é de que foi uma festa para VIP's (pessoas muito importantes). O percussionista Urêa, que toca nas bandas Eddie e Academia da Berlinda, fez uma participação especial no show da "Pega fogo" cantando o hit "Ivete Canivete", da Academia. O palco estava devidamnete decorado em um estilo kistch: rosas vermelhas penduradas nos mastros do microfone. O público adorou.

Depois subiram ao palco a já conhecida Victor Camarote e banda Arquibancada, fazendo a alegria com bregas rasgados como "Ninguém é perfeito", no Conde do Brega e "Cavalo Manco", da primeira fase da paraense Calypso. "Não sofra por amor, tem coisa melhor esperando por você", disparou o líder Victor, vestido à caráter (óculos escuros e chapéu), antes de cantarolar o sucesso "Tentativas em vão", da banda Kitara. E tome melosidade.

A banda Conjunto Maravilha, que fechou a festa para poucos, executou um belo trabalho de samba com 7 integrantes no palco, misturando a jovialidade dos integrantes e a ode aos clássicos como Adoniran Barbosa e a divertida versão de "Besta é tu", dos Novos Baianos.