Mistura de ritmos agita a noite do PE Festival

Capital Inicial, Jota Quest e Cláudia Leitte foram as atrações do evento

por Thiago Graf ter, 01/05/2012 - 08:36

 

A noite foi de mistura musical na área interna do Centro de Convenções de Pernambuco. Isso porque, na virada desta segunda para a terça-feira (1°), a edição de 2012 do PE Festival atraiu um grande número de pessoas para ver as apresentações das bandas Capital Inicial, Jota Quest e da cantora Claudia Leitte. Os grupos trouxeram ao Recife um repertório cheio de sucessos e com algumas novas composições.

Quem deu início a noite de shows foi o Capital Inicial. A banda de Brasília-DF montou um repertório que contemplou várias fases de sua carreira musical, como o sucesso “Que país é esse?”, composta por Renato Russo nos anos 1970 e que dá nome ao terceiro álbum da Legião Urbana.

Depois deste momento, o vocalista da banda, Dinho Ouro Preto, pediu um tempinho para, segundo ele, "tomar um copo de vinho" e voltar para aproveitar os poucos minutos que ainda restavam em companhia do público local. A promessa foi cumprida e, aos poucos, as notas do hit "Fogo" foram sendo executadas no teclado por Rodrigo Silva. Com o verso “não consigo dizer se é bom ou mal, assim como o ar me parece vital, onde quer que eu vá, o que quer que eu faça, sem você não tem graça”, o cantor tentou e conseguiu coordenar o público em um coral emocionante, interrompido apenas pelo solo de Fernando Carelli.

Por fim, o vocalista levantou o questionamento: “pensamos em cantar Led Zeppelin, Ramones ou a música ‘Não olhe para trás’. Qual vocês querem ouvir?”. O público optou, quase de imediato, pela canção do grupo. O show encerrou com Dinho no violão e puxando o coro. Os fãs gostaram da apresentação. “Só tenho isso a dizer: foi 100%. Vim de Natal-RN só para assistí-los”, explicou o operador de máquinas Ricardo Pereira.

Ao invés de um, havia dois palcos um ao lado do outro, em que o público era separado por uma divisória de madeira, e os shows se alternavam entre eles, assim como em algumas edições do Festival de Verão do Recife, fato que dificultou um pouco a logística dos shows. Depois de mais uma troca, Rogério Flausino (vocal e violão), Marco Túlio (guitarra), PJ (baixo), Paulinho Fonseca (bateria) e Márcio Buzelin (teclado) iniciaram a apresentação e de cara mandaram “É preciso”, música que faz parte do álbum-coletânia "Quinze", lançado no ano passado em comemoração ao aniversário de carreira.

Com um show focado nos sucessos, os mineiros cantaram em seguida, “Na moral”, a cover de Roberto Carlos, “Além do Horizonte”, “Mais uma vez”, “Encontrar alguém” e “Já Foi”. Com seu violão, Rogério mandou os versos da música “Dias melhores” e, em seguida, foi a vez do hit “O que eu também não entendo”. Depois dessas canções, o vocalista tirou um tempinho para conversar com o público recifense: “aqui tá muito bonito e com energia positiva. Obrigado por terem dividido esse feriado com a gente”, agradeceu.

Quando o público pensava que o show estava perto do fim, o grupo mineiro mostrou que ainda havia muito mais pela frente. Elétrico, Flausino corria pelos cantos do palco e cantou “O sol” e “De volta ao planeta dos macacos”. O vocalista não perdeu a oportunidade de lembrar o compositor Chico Science e recitou os versos "Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar". Depois de tocar “Amor maior”, Rogério passou uma mensagem para o povo pernambucano: “o amor é algo, realmente, muito grande e forte. Nesses momentos em que nos encontramos, temos a chance de nos livrar das amarras da vida".

Para finalizar a noite, Cláudinha Leitte chegou para colocar o público para dançar. Pela euforia dos fãs, a baiana foi realmente a estrela mais aguardada da noite. A primeira canção foi “Amor perfeito”, de Roberto Carlos. Em seguida, ela cantou “Doce paixão”, “Máscaras” e “Água”, com inclusão da música “Água mineral”, composta por Carlinhos Brown.

Claudinha sempre enfatizou gostar de canções internacionais, tanto que já utilizou algumas delas em seu repertório. Nesta madrugada, ela fez um cover de "Oh my gosh", do astro pop Usher. Durante a apresentação, ela fez questão de lembrar o centenário de Luiz Gonzaga, cantando “Pagode russo”.

Claudinha fez um show mesclando os tempos de Babado Novo e da carreira solo. De sua priemira banda ela cantou “Cai fora”, “Amor à prova” e “Eu fico”. Leitte também entoou os covers “Doce desejo”, de Bruno e Marrone, “Pensando em você”, de autoria da banda Pimentas do reino, “Colorir papel”, de Jamil e uma noite, além do hits “Balada boa (Tchê Tchê Rere)”, de Gusttavo Lima, “Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha” – da dupla João Lucas e Marcelo e do sucesso “Kuduro”, que abre a novela das 21h.

Grávida de seis meses do seu segundo filho, a cantora por vários momentos demonstrou a felicidade que vive na vida pessoal e profissional. Em homenagem ao seu filho que está por vir, ela acariciou a barriga. O público mais fanático, em resposta, gritou: “Claudia, eu te amo”. A baiana também incluiu no repertório a música “Bem vindo amor”, feita para o seu esposo e que está no novo DVD da cantora (Negalora) – que será lançado no dia das mães. 

Eram quase 4h da manhã e os fãs ainda continuavam com a mesma empolgação. No final, Claudinha preparou uma sequência de sucessos: “Famo$a”, “A corda do caranguejo”, “Safado, cachorro, sem-vergonha”, “Dia nacional da farra e do beijo”, “Beijar na boca”, “Carnaval” e “Exttravasa”.

A cantora encerrou a noite de mistura agradecendo aos fãs, aos organizadores e desejando paz a todos. O público elogiou a baiana. “É a melhor cantora do Brasil. Show com energia e sucessos do começo ao fim. Meu feriado ficou muito mais feliz”, pontuou a estudante universitária Maria Clara.

Confira flashes do PE Festival:

 

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