Teste de DNA com restos de Neruda será feito fora do Chile
Os exames de DNA para comprovar se os restos exumados em abril correspondem ao poeta e ganhador do Nobel Pablo Neruda serão realizado no exterior, e não no Chile, informou nesta quarta-feira uma fonte de sua família. O exame faz parte de uma investigação judicial que visa a determinar se o poeta morreu efetivamente de câncer de próstata ou foi assassinado pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Os exames de DNA foram pedidos pelo juiz que conduz a causa, Mario Carroza, em 23 de julho passado, e serão realizados num laboratório estrangeiro não especificado, segundo informou o sobrinho do poeta, Rodolfo Reyes, ao site Emol. Pablo Neruda teve apenas uma filha de seu primeiro casamento, e ela faleceu aos nove anos, na Holanda, por hidrocefalia. Os parentes mais próximos que continuam vivos são seus sobrinhos.
Os restos mortais do poeta estão sendo submetidos paralelamente a exames toxicológicos na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e na Universidade de Múrcia, na Espanhaa.
Oficialmente, a morte de Neruda é atribuída ao agravamento de um câncer de próstata. Depois das recorrentes denúncias do ex-assistente pessoal Manuel Araya, de que o poeta pode ter sido envenenado, investiga-se se foi assassinado por agentes do regime Pinochet (1973 - 1990).
As primeiras perícias confirmaram que o poeta sofria de um câncer de próstata em estágio avançado, mas as análises toxicológicas ainda não foram concluídas.