Parece ferro, mas não é: artista recria ídolos com papel
Peças estão à venda no Festival de Inverno de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco
Adeildo e Adeildo Jr. têm uma estande com peças que parecem não ser de verdade. Esculturas aparentemente de ferro, mas que são de papel. "Mas por fora é metal, não é?", pergunta um fiscal. "Por fora é que é papel mesmo", rebate Adeilton Monteiro, de 53 anos.
Há muitos anos Adeildo traz suas obras para o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), no Agreste de Pernambuco. Diz que sempre vendem com facilidade. O nome do espaço é Caatinga e Cangaço, no Parque Euclides Dourado.
São peças como Lampião, Maria Bonita e sertanejos. Este ano ele trouxe Belchior, o homenageado desta edição do FIG. Há também Raul Seixas e Zé Ramalho. O valor gira em torno de R$ 75.
"Eu faço poucas peças, porque trabalho como funcionário público federal. Mas quando começo, faço duas em um dia", comenta o escultor. Ele diz que apenas detalhes são feitos em madeira, mas 90% é papel. Tudo é material reciclado.
Júnior, 21 anos, está sempre lá, mas não herdou as habilidades do pai. "Mas eu ajudo a pintar", se defende prontamente.