Monet desaparecido e encontrado no Louvre volta ao Japão
Museu de Tóquio prevê mostrá-lo ao público em junho de 2019
Uma tela de Claude Monet, que pertencia a um colecionador japonês mas que desapareceu durante décadas, foi encontrada no museu do Louvre em Paris e enviada novamente ao Japão, anunciou nesta terça-feira (27) o Museu Nacional de Arte Ocidental de Tóquio.
O quadro, um esboço datado em 1916 para a célebre série Nenúfares do pintor impressionista francês, foi encontrado no museu do Louvre em 2016, sem que a descoberta se tornasse pública na época, explicou um porta-voz da instituição cultural francesa à AFP.
"Recentemente foi restituído" ao Museu Nacional de Arte Ocidental, acrescentou, sem dar mais detalhes sobre as circunstâncias em que a obra foi encontrada no museu parisiense.
Com 4,2 X 2 metros, a obra que representa nenúfares flutuando em água está muito deteriorada, sobretudo na parte superior, completamente destruída.
"Uma restauração com extrema precaução é necessária", indicou o museu em um comunicado.
"Mas o que ainda resta do quatro tem um tamanho importante. Com o tratamento apropriado, guarda o potencial de mostrar o maravilhoso trabalho de Monet", acrescentou.
A tela pertencia ao homem de negócios japonês Kojiro Matsukata, que formou uma coleção de arte ocidental entre 1916 e 1927. Segundo o museu, ele teria comprado o quadro diretamente de Monet em seu ateliê em 1921.
Durante a Segunda Guerra Mundial, sua coleção foi transladada a Paris para garantir sua segurança, mas posteriormente foi requerida pelo Estado francês como bens do inimigo.
Em 1959, o essencial das 400 obras da coleção Matsukata foi devolvido ao Japão. Este quadro ficou "esquecido", por seu mau estado ou outro motivo.
O museu de Tóquio prevê mostrá-lo ao público em junho de 2019.