Cinco cidades francesas proíbem uso de pesticidas

Desta forma, as cinco metrópoles manifestam apoio às dezenas de prefeitos franceses que nas últimas semanas proibiram com decretos o uso de pesticidas

qui, 12/09/2019 - 09:50
STEPHANE DE SAKUTIN (Arquivo) As cinco metrópoles manifestam apoio às dezenas de prefeitos franceses que nas últimas semanas proibiram com decretos o uso de pesticidas STEPHANE DE SAKUTIN

Paris e outras quatro cidades francesas anunciaram, nesta quinta-feira, a proibição do uso de pesticidas em seu território, com a esperança de mudar a lei, em plena polêmica nacional sobre o uso dos produtos químicos na agricultura.

"É uma iniciativa coordenada para fazer a lei mudar e contribuir para proteger o patrimônio inestimável da biodiversidade em nossos territórios e a saúde de nossos concidadãos", afirmam em um comunicado conjunto os prefeitos das cidades de Paris, Lille, Nantes, Grenoble e Clermont-Ferrand.

Desta forma, as cinco metrópoles manifestam apoio às dezenas de prefeitos franceses que nas últimas semanas proibiram com decretos o uso de pesticidas.

O primeiro a adotar a iniciativa, Daniel Cueff, prefeito da de Langouët (Bretanha), sofreu uma derrota judicial quando um tribunal administrativo suspendeu seu texto alegando que não era de sua competência tomar decisões sobre o uso de pesticidas.

A ação das cidades é sobretudo simbólica, uma vez que a lei já proíbe desde 2017 às comunidades o uso de produtos químicos nos espaços verdes e no espaço público. Desde janeiro, particulares e jardineiros só podem utilizar produtos fitofarmacêuticos de origem natural.

A decisão, portanto, se aplica principalmente aos espaços verdes de empresas e de zonas residenciais, pois geralmente não há plantações nas cidades.

"Esta ação conjunta com vários prefeitos de grandes cidades busca principalmente fazer o governo ceder", declarou Stéphane Baly, líder do grupo de vereadores do partido ecologista EELV de Lille.

O governo quer fixar entre 5 e 10 metros a distância mínima entre as zonas residenciais e as áreas que recebem pesticidas, uma proposta considerada insuficiente por ecologistas e associações.

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