Crítica: O Exterminador do Futuro 3: Destino Sombrio

qua, 30/10/2019 - 11:54
Divulgação/IMDB Teaser Poster de O Exterminador do Futuro 3: Destino Sombrio Divulgação/IMDB

"Não imaginam o prazer que é estar de volta"

Apesar da frase ser de O Outro Lado do Paraiso, ela pode ser aplicada neste caso aqui. Afinal, James Cammaron e Sarah Connor estão de volta neste novo filme, de uma das franquias mais clássicas do cinema, O Exterminador do Futuro.

Neste novo longa, considerado pelo diretor e pelo produtor como o terceiro da série, Dani Lemos (Natalia Reyes) é uma jovem que tem a sua vida mudada ao se ver caçada por um assassino robótico do futuro. Agora, para sobreviver e se livrar da morte, ela contará com a ajuda de Grace (Mackenzie Davis), uma humana altamente aprimorada que também veio do futuro para protegê-la, além Sarah Connor (Linda Hamilton) e T-800 (Schwarzenegger), que já se conhecem de outros tempos.

Se você gosta de filmes de ação estilo Tela Quente, este filme é para você. O roteiro é bem complexo, mas no bom sentido. Quem for fã hardcore da franquia, vai pegar muitas referências. Ele consegue estabelecer um ótima conexão entre o segundo filme e este aqui logo no começo.

Mas muda tudo, quando lhe explica como está a atual situação no futuro apocalípitico, além de ter uma virada interessante no terceiro ato, que encaixa tudo direitinho e faz você repensar a história da saga, depois que longa acaba. A direção do Tim Miller (que fez Deadpool) é bem razoável. Assim, as cenas de ação são muito boas. Ele consegue criar alguns climas de tensão, mas também de respiro, que vem com momentos dramáticos e cômicos ao mesmo tempo.

Agora, o problema, foi que eu senti um pouco a falta daquela pegada que ele passava no filme do mercenário tagarela, mas que é compensado com a fotografia que está bem feita. A distinção entre as cores fortes (amarelo) e frias (azul e cinza), dão ao telespectador a localização de onde o filme está se passando.

AMARELO = México

AZUL/CINZA/MARRON = Estados Unidos

Agora, último ponto técnico que vale resaltar aqui, é a produção maravilhosa de James Cammaron, que deu um tempinho na produção da saga Avatar, pegou o seu bebê de volta e o criou com o maior carinho, usando materiais do segundo filme , pedindo para colocar um dos bordões mais clássicos “I´ll be back” e consertando a linha cronológica da franquia, contando finalmente a história do jeito que ele queria.

Vamos agora falar sobre o elenco. Linda Hamilton, que mulher maravilhosa. Ela é a segunda prova de que não importa a idade para fazer filmes de ação. Desde o momento em que ela desce do carro aramada, ela rouba a cena. Outra coisa sobre a Sarah Connor é a relação dela com o T-800, personagem e símbolo dessa franquia, interpretado pelo veterano e imortal Arnold Schwarzenegger. A relação dos dois, é o ponto cômico do filme, mas o único defeito está na atuação do Arnold, o roteiro não deixou ele brilhar e deu mais espaço para a Sarah e a Dani, talvez para resaltar o empoderamento feminino.

A atuação da Mackenzie Davis, achei bem mediana, mas em compensação, a atuação da Natália Reyes, se iguala muito ao da Linda, ela começa como uma menina bobinha, mas depois da chegada da Sarah, muda de personalidade e se mostra uma mulher forte e pronta pra briga. O único personagem mais fraco é o vilão Rav-9, vivido por Gabriel Luna, mesmo com toda a vantagem a seu favor, ele é um exterminador muito fraco.

No geral, O Exterminador do Futuro 3: Destino Sombrio, é um filme pra quem quer extravasar as energias e curtir a caça às referências. Tem alguns defeitos na direção e no elenco, mas todo o trabalho final valeu a pena.

NOTA: 8,0

Embed:

Por Pietro Tenorio

COMENTÁRIOS dos leitores