Biden telefona para Putin pela primeira vez

O presidente dos Estados Unidos expressou preocupação com 'envenenamento' do opositor russo Alexei Navalny

ter, 26/01/2021 - 18:16
ALEXEY DRUZHININ O então primeiro-ministro russo Vladimir Putin recebe o então vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, em Moscou, em 10 de março de 2011 ALEXEY DRUZHININ

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve sua primeira conversa por telefone com seu contraparte russo, Vladimir Putin, na qual expressou seu apoio à Ucrânia diante da "agressão" de Moscou e sua preocupação com o "envenenamento" do opositor russo Alexei Navalny.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse nesta terça-feira (26) que Biden ligou para Putin para discutir sua disposição de estender o tratado de desarmamento nuclear New START e que na conversa ele expressou preocupação com o "envenenamento de Navalny".

Navalny foi preso em 17 de janeiro ao retornar a Moscou, depois de passar mais de cinco meses na Alemanha se recuperando de um quadro que, segundo ele, foi resultado de um envenenamento realizado por serviços russos por ordem do presidente, o que o Kremlin nega.

Nesta terça, os países do G7 condenaram sua detenção "por motivos políticos" e pediram sua "libertação imediata e incondicional", assim como a de seus apoiadores detidos no sábado durante manifestações em toda a Rússia.

Biden também se referiu ao "forte compromisso" de Washington com a soberania ucraniana frente à "contínua agressão da Rússia".

Os dois líderes também abordaram questões como a suposta interferência russa nas eleições americanas de 2020 e relatos de que Moscou está distribuindo recompensas ao Talibã por matar soldados americanos no Afeganistão.

“Sua intenção era deixar claro que os Estados Unidos agirão com firmeza na defesa de nossos interesses nacionais, em resposta a ações maliciosas por parte da Rússia”, concluiu a porta-voz.

Por sua vez, o Kremlin indicou que o presidente russo apoiava a "normalização" das relações russo-americanas e afirmou que isso "atenderia aos interesses de ambos os países e também de toda a comunidade internacional".

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