Xuxa se desculpa após sugerir que presos sirvam de cobaia

Ela chegou a ser chamada de nazista e teve que se retratar em pleno dia do seu aniversário de 58 anos

sab, 27/03/2021 - 08:54
Antonio Cruz/Agência Brasil Xuxa, em sessão no Congresso Nacional Antonio Cruz/Agência Brasil

Após indicar que presidiários deveriam ser cobaias de remédios e vacinas, Xuxa Meneghel foi chamada de 'nazista' nas redes sociais e precisou pedir desculpas em plena madrugada do seu aniversário. Em meio à polêmica, neste sábado (27), a apresentadora completa 58 anos.

"Tô aqui pedindo desculpas a todos vocês. Eu que não usei as palavras certas", iniciou a retratação em um vídeo publicado em seu perfil do Twitter. "Quem sou eu pra dizer que essas pessoas estão ali, devem ficar ali ou morrer ali? Quem sou eu pra fazer isso? Se faço isso, tô sendo ruim tanto quanto as outras pessoas que também maltratam outras vidas", refletiu.

Ela assumiu o erro ao propor a testagem de medicamentos em condenados, ao invés de animais, e distanciou-se dos ataques de preconceito racial e socioeconômico. "Me veio primeiro na cabeça uma coisa que sempre fico pensando, 'uma pessoa que estupra uma criança, que fica num presídio, anos ali, poderia pensar em ajudar outras pessoas de alguma maneira", justificou.

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A polêmica

A posição polêmica foi defendida por Xuxa na noite da sexta (26), em entrevista à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre projetos de lei de combate aos maus-tratos animais e uso de bichos na indústria farmacológica.

"Acho que, com remédios e outras coisas, eu tenho um pensamento que pode parecer muito ruim para as pessoas, desumano [...] na minha opinião, existem muitas pessoas que fizeram muitas coisas erradas e estão aí pagando seus erros para sempre em prisões, que poderiam ajudar nesses casos aí, de pessoas para experimentos", disse a apresentadora.

Ela aponta que participar voluntariamente de testes de remédios e cosméticos daria alguma serventia à vida dos reclusos. “Acho que pelo menos serviriam para alguma coisa antes de morrer, para ajudar a salvar vidas com remédios e com tudo. Aí vem o pessoal dos Direitos Humanos e dizer que não podem ser usados. Mas se são pessoas que está provado que irão passar sessenta, cinquenta anos na cadeia e que irão morrer lá, acho que poderiam usar ao menos um pouco das vidas delas para ajudar outras pessoas. Provando remédios, vacinas, provando tudo nessas pessoas", destacou.

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