Bruce Lee completaria 81 anos neste sábado (27)

Segundo crítico de cinema, produções do ator conseguiram criar uma ponte entre o cinema de Hong Kong com o de Hollywood

por Alfredo Carvalho sex, 26/11/2021 - 21:32
Wikimedia/Johnson Lau Wikimedia/Johnson Lau

No próximo sábado (27) será celebrado o nascimento do ator e artista marcial Bruce Lee (1940-1973), que completaria 81 anos. Embora estivesse envolvido na indústria dos cinemas desde sua infância, foi apenas em 1971, com seus longas-metragens de artes marciais, que ele alcançou o sucesso.

Sua primeira produção “O Dragão Chinês” (1971), caiu no gosto do público e se tornou uma grande estreia da época. No ano seguinte, Lee emplacou outro sucesso, “A Fúria do Dragão”, que mostra o personagem em uma árdua jornada de vingança. Vale destacar, que o ainda jovem ator Jackie Chan fez uma breve ponta no filme, como um dos muitos lutadores marciais que apanharam para Lee.

Ainda em 1972, foi lançado “O Voo do Dragão”, outro importante registro cinematográfico na carreira de Lee, que contou com a participação do ator Chuck Norris, em um combate de lendas que é lembrado até os dias de hoje.

Em 1973, saiu o “último” filme do artista marcial “Operação Dragão”, que foi feito em parceria com a Warner Bros. A produção estreou poucos dias após a morte de Lee, que até os dias de hoje é vista como um mistério. O laudo oficial do ator, conta que ele morreu devido a um edema cerebral, mas há quem afirma que ele foi envenenado.

Após a sua morte, diversas outras produções foram lançadas, que utilizavam dublês e aproveitavam cenas gravadas pelo ator ainda em vida, o maior exemplo disso foi “Jogo da Morte” (1978).

Curiosamente, a longa-metragem contava a história de um Bruce Lee ator, que com seus filmes chineses, conseguiu incomodar a poderosa Hollywood. Para se livrar da ameaça ao império, os grandes empresários precisavam trazer o ator para o lado deles. Como Lee recusou a proposta, os gigantes do cinema optaram por eliminá-lo.

“Jogo da Morte” aborda uma das muitas teorias, que visam investigar a morte misteriosa e prematura de Lee, há quem enxergue essa obra como um retrato real da vida do ator. Independente de seus bastidores, o filme marcou um dos figurinos mais icônicos do artista marcial, que é o clássico traje amarelo, utilizado mais tarde como referência em “Kill Bill”, do diretor Quentin Tarantino.

 O legado de Bruce Lee

O crítico de cinema Rafael Argemon explica que Lee conseguiu criar uma ponte entre o cinema de Hong Kong com o de Hollywood, além de fazer com a que cultura pop do oriente influenciasse a do ocidente.

O crítico lembra que o feito era totalmente inédito na década de 1970. “O sucesso estrondoso de ‘O Dragão Chinês’, ‘A Fúria do Dragão’ e ‘O Voo do Dragão’ em Hong Kong, abriu de vez as portas de Hollywood para Lee, que ao retornar aos Estados Unidos, filmou seu mais famoso e influente filme: ‘Operação Dragão’”, descreve Argemon.

Embora Lee tenha morrido ainda jovem, Argemon destaca que Lee causou um grande impacto na indústria cinematográfica americana. “O cinema de artes marciais influenciou até outros gêneros e subgêneros. A década de 1970 viveu uma verdadeira febre do kung-fu. E essa influência perdura até hoje. Quentin Tarantino que o diga”, ressalta.

De acordo com Argemon, mesmo quem nunca viu um filme de Bruce Lee, sabe quem é o ator. “Esse é o impacto de um ícone. Se você não é um fã de artes marciais ou mesmo da produção cinematográfica ligado às artes marciais, você provavelmente tem algum conhecimento de Bruce Lee como um artista marcial que, mesmo morrendo muito jovem, se tornou a própria imagem das artes marciais”, afirma.

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