MPPE terá reunião para rever horário das prévias em Olinda
Decisão recente estabelece fim dos cortejos às 19h, para evitar tumulto
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizará uma nova reunião, nesta quarta-feira (25), para discutir o horário de encerramento dos cortejos e desfiles realizados nas prévias carnavalescas em Olinda. Desta vez, o encontro será feito junto aos representantes de agremiações com atividades no município.
A primeira reunião aconteceu com coordenadores operacionais do MPPE, na segunda-feira (23), um dia após o caso de interrupção do cortejo do tradicional T.C.M John Travolta, que foi encerrado e precisou recolher a orquestra por volta das 19h do domingo (22), após intervenção da Polícia Militar. A conduta da PM não teve boa repercussão entre artistas e foliões.
O novo encontro também contará com a participação da Prefeitura de Olinda e Polícia Militar de Pernambuco, e será realizado na Sede de Promotorias de Justiça da Capital. Após uma série de episódios de violência durante as prévias olindenses, uma decisão conjunta foi tomada pelo encerramento dos cortejos às 19h.
Em notas anteriores, a Secretaria de Cultura e a PM informaram que as agremiações fizeram parte da decisão e estavam cientes da medida. A iniciativa foi coordenada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, a Prefeitura de Olinda, a PMPE, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, a Polícia Civil e demais forças de segurança e operacionais responsáveis pelas prévias.
A coordenadora do CAO Defesa Social e Controle Externo da Atividade Policial, promotora de Justiça Helena Martins, tomou conhecimento do ocorrido no Sítio Histórico, com o bloco John Travolta. De acordo com relatos de pessoas nas redes sociais, houve, inclusive, ameaças de prisão e apreensão de instrumentos musicais, apesar do cortejo estar ocorrendo sem tumultos.
“Tivemos uma reunião onde procuramos saber o que está ocorrendo para que o MPPE possa se posicionar e buscar, junto à PM e à Prefeitura de Olinda, uma solução para que as prévias carnavalescas e o período de Carnaval ocorram de forma agradável para o público, moradores e agremiações”, comentou Helena Martins.
O promotor de Justiça Fabiano de Melo Pessoa, Coordenador do CAO de defesa da Cidadania, também presente na reunião, pontuou que “em eventos e manifestações da cultura popular, a ação do Estado, deve ser de procurar compatibilizar a livre manifestação da cultura com as demais ponderações necessárias para o exercício desta atividade, em meio aos eventuais impactos em outros contextos da comunidade local”.
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