Tudo tem que estar pronto em mil dias

Pernambuco pretende entregar arena no final de 2012

Luiz Mendes / Leia Jápor Luiz Mendes sex, 16/09/2011 - 18:00 Atualizado em: sab, 17/09/2011 - 12:47
Eduardo Martino/Odebrecht Promessa é que sejam contratados mais 918 profissionais, que atuarão na construção arena Eduardo Martino/Odebrecht

Festas, relógios, discursos e mil dias restam para que aeroportos, rodovias e estádios estejam prontos para a Copa do Mundo de 2014. Já se passaram 1.471 dias desde que o Brasil foi anunciado como sede do mundial e uma tensão de torcedores e autoridades pairam sobre como estará o país daqui à dois anos e meio. Em Pernambuco, muitos números dão a dimensão do campeonato no Estado. 1.182 homens trabalhando nas obras do estádio, em São Lourenço da Mata. A promessa é que nos próximo ano sejam contratados mais 918 profissionais, que irão construir em uma área de 129.581 m², uma arena que abrigará 46.154 torcedores. O estacionamento terá vagas para seis mil veículos, sendo 1.600 subterrâneos.

O projeto do estádio, que é de R$ 532 milhões, vindos de três bancos, sendo um privado e dois públicos, prevê a construção de um conjunto habitacional, um shopping e um hotel. O governador Eduardo Campos lembra que todo o evento é de responsabilidade da FIFA. “A Copa do Mundo é um empreendimento inteiramente privado. Nós tínhamos que fazer a opção por aquilo que demandasse o mínimo possível de recursos públicos em todos os níveis, municipal, estadual e federal”, revelou Eduardo sobre a escolha do projeto do empreendimento.

Além disso, obras viárias estão projetadas, como a ampliação do metrô do Recife e a duplicação da BR-408, que dá acesso a Arena Pernambuco. Segundo o ministro dos esportes, Orlando Silva, serviço para a melhoria no trânsito das cidades que receberão jogos da Copa é essencial. “Mobilidade é um assunto de relevância pelos legados que serão deixados. É um assunto que nos deixa em estado de alerta, no qual é muito importante o papel das cidades”.

Outra área que está na pauta do poder público é a capacidade hoteleira, principalmente do Recife. A capital pretende ampliar o número de leitos, dos atuas 12 mil para 18 mil em 2014. “Estão sendo construídos mais de dez novos hotéis na cidade. Não só pela Copa, mas pelo um desenvolvimento natural da cidade”, afirmou o secretário especial para a Copa da Prefeitura do Recife, Amir Schwartz. Uma outra opção para aumentar o número de leitos da cidade é aproveitar os navios cruzeiros que ficarão aportados no porto do Recife.

O prefeito João da Costa declarou que o desempenho turístico do Recife dependerá muito das seleções que irão jogar na cidade. ”Só será possível especular o quanto o Recife vai gerar de negócios quando soubermos quais países vão jogar por aqui. Se vierem seleções como Itália ou Alemanha o panorama econômico será bem maior do que se vier outra equipe”.

Levando em conta estudos que mostram o crescimento econômico em cidades que já sediaram a copa, a perspectiva são muito positivas para o Recife. “Há cálculos que mostram que uma cidade cresce de 20% a 25% depois de uma copa do mundo”, explicou o secretário especial da Copa do Governo do Estado, Ricardo Leitão.

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