O meia Oscar conseguiu uma liminar, na noite da última quinta-feira, e está liberado para defender o Internacional. O ministro Guilherme Caputo Bastos, do Tribunal Superior do Trabalho, apoiou sua decisão na premissa de que o trabalhador tem direito a escolher onde quer desempenhar suas funções profissionais e chegou a citar a escravidão em sua decisão.

"A obrigatoriedade da prestação de serviços a determinado empregador nos remete aos tempos de escravidão e servidão, épocas incompatíveis com a existência do Direito do Trabalho, nas quais não havia a subordinação jurídica daquele que trabalhava, mas sim a sua sujeição pessoal", afirmou um trecho do documento.

Com a decisão, o Internacional poderá utilizar o jogador já a partir deste domingo, no clássico contra o Grêmio, pela decisão do segundo turno do Campeonato Gaúcho, e depois na partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, no próximo dia 9 de maio, contra o Fluminense, no Engenhão.

É a primeira vitória de Oscar após uma série de derrotas na Justiça desde que foi determinado que o meia deveria retornar ao São Paulo, do qual saiu em 2009 alegando atraso no pagamento de salários e FGTS. Sem jogar desde 20 de março, ele tenta se livrar judicialmente do vínculo com o clube que o revelou, enquanto o time do Morumbi exige seu retorno e o cumprimento do contrato que se encerra em dezembro.

Disposto a lutar para ficar com Oscar, o Inter ofereceu R$ 8 milhões ao São Paulo, no último 12, durante uma reunião entre representantes dos dois clubes que durou cerca de quatro horas. O valor não agradou aos dirigentes do clube do Morumbi, que apontou que só liberará o atleta por R$ 16,5 milhões.