Seleção Brasileira em treino no estádio do Morumbi, em São Paulo, onde enfrenta a África do Sul, hoje, a partir das 15h30 Victor Bastos/LeiaJáImagens

O casamento é antigo, talvez o mais apaixonante do mundo do futebol. A relação, entretanto, anda conturbada. E assumindo o papel de quem errou, a Seleção Brasileira tenta, a partir desta sexta-feira, dia 7 de setembro, uma reaproximação do amado povo verde e amarelo. No papel da outra, dessa vez, a frágil África do Sul, apenas 74ª colocada no ranking da Fifa. O santuário da bola em São Paulo, o Morumbi, recebe esse conflito de amor e ódio a partir das 15h30.

A última vez que o Brasil esteve em solo tupiniquim foi no dia 28 de setembro de 2011, quando venceu a Argentina por 2x0, em jogo válido pelo Superclássico das Américas. Além dessa partida, Mano Menezes comandou apenas outros dois amistosos internacionais no país. Empate em 0x0 com a Holanda, em Goiânia, e vitória por 1x0 contra a Romênia, em São Paulo.

Distância e pouco contato com a população, resultados sem expressão contra potências do futebol mundial e, recentemente, derrota na final dos Jogos Olímpicos de Londres. Com a geração Neymar, Lucas, Oscar e Leandro Damião, além das presenças de Thiago Silva, Marcelo e Hulk (jogadores com mais de 23 anos), o inédito ouro olímpico foi tratado como questão de tempo. Melhor para o México que venceu por 2x1.

E apesar da base da Seleção, principalmente os jovens craques, atuarem no Brasil, a população ainda sente a falta de identidade com a Era Mano Menezes. “Uns viram o Pelé jogar, outros viram o Romário, o Ronaldo. Essa geração está um pouco mal acostumada. Agora é a nossa vez. Temos de trabalhar muito para reconquistar o povo brasileiro e trazer a alegria de volta”, garantiu o atacante Neymar, principal expoente do grupo e do Santos.

Sem mistérios para armar a equipe, Mano Menezes divulgou a escalação na coletiva pré-amistoso. Demonstrando que apostará em um esquema ofensivo e rápido, o treinador colocará dois volantes técnicos (Rômulo e Ramirez) e um quadrado na parte da frente. Pela primeira vez, Oscar, Lucas, Neymar e Damião juntos.

Outra boa notícia é a confirmação do Daniel Alves. Ausente dos treinamentos durante a semana por causa de dores na coxa esquerda, o lateral-direito do Barcelona deve atuar com a camisa 2. Com isso, o único desfalque é o zagueiro Thiago Silva, que no departamento médico vê Dedé assumir a titularidade.

ÁFRICA DO SUL

Dia de estreia no comando técnico dos Bafana Bafana. Gordon Igesund assume a responsabilidade de encarar o Brasil fora de casa e garantiu que o time será ofensivo. A grande novidade é o retorno do atacante Benny McCarthy. Polêmico, o experiente jogador de 34 anos ficou de fora da última Copa por loucura. A baixa para a África do Sul será logo do capitão. O meia Pienaar foi cortado por causa de lesão em atuação pelo Everton no Campeonato Inglês.

Ficha do jogo:

Estádio do Morumbi, São Paulo-SP

Horário: 15h45

Árbitro: Nestor Pitana (ARG)

Auxiliares: Diego Bonfá (ARG) e Gustavo Rossi (ARG)

Brasil: Diego Alves; Daniel Alves, Dedé, David Luiz e Marcelo; Sandro, Ramires, Oscar, Lucas, Neymar e Leandro Damião. Técnico: Mano Menezes

África do Sul: Khune; Mathoho, Khumalo, Fansman e Tshabalala; Mahlangu, Dikgacoi, Letsholonyane, Serero; Parker e Ndlovu. Técnico: Gordon Igesund