Givanildo Vieira de Souza fez o caminho inverso de todos os grandes craques do futebol brasileiro. Dificilmente um torcedor comum saberá que esse tal Givanildo é o atacante Hulk, nascido em Campina Grande-PB e formado nas divisões de base do Vitória-BA. Desconhecimento compreensível, já que aos 26 anos Hulk atuou apenas três vezes em solo tupiniquim.

Vendido atualmente do Porto para o Zenit, da Rússia, por R$ 141 milhões, o atleta que tem como principais características a força física e o chute forte, construiu a carreira e o sucesso no exterior. Depois de apenas dois jogos pelo time baiano, Hulk seguiu para o futebol japonês e, em seguida, para Portugal.

De 2005, ano da última partida pelo Vitória, até o amistoso internacional contra a África do Sul foram sete anos. Na volta para o Brasil, Hulk marcou o gol da vitória dessa sexta (07) e agora vive a expectativa de atuar perto da terra onde nasceu. “Fazer um gol no Recife, do lado da Paraíba, vai ter um gosto especial”, afirmou o atacante que deve estar em campo contra a China, próxima segunda, no Arruda.

E justamente pela proximidade entre Campina Grande e Recife, apenas 191 quilômetros, Hulk já convocou os familiares para o amistoso. “Estamos tendo que dar um jeitinho de comprar ou conseguir os ingressos. Com certeza minha família vai para lá. Já falei para o Andrés (Sánchez, diretor de Seleções da CBF) que minha família é grande”, brincou.

Em seguida, Hulk, assim como o restante do elenco e o treinador Mano Menezes, Hulk cobrou mais apoio da torcida. “Sem dúvida o nordestino vai nos apoiar. A gente sentiu um pouco hoje. Todo mundo cobra que a Seleção tem que jogar mais vezes no Brasil, só que quando joga acontece isso. Você vê um jogador como Neymar ser vaiado quando pega na bola... Não pode acontecer isso, qualquer seleção do mundo gostaria de ter o Neymar. Pegaram pesado demais hoje”, explicou.