Dois dias após a inspeção do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valke, a Arena Pernambuco recebeu uma nova comitiva da entidade máxima do futebol. Nesta quinta-feira (07), entretanto, a vistoria foi exclusivamente sobre a parte operacional. Mais de 65 membros da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) estiveram em São Lourenço da Mata na última visita antes da Copa das Confederações.

Essa é a terceira vez, em pouco mais de dois anos, que o grupo vistoria presencialmente o local – o monitoramente também é feito através de câmeras (on-line). Como a entrevista coletiva aconteceu antes da análise final, os representantes falaram apenas sobre as expectativas sobre a funcionalidade da arena em dias de jogos. Porém, adiantaram, principalmente através dos relatórios, o bom andamento das obras. O chefe do escritório da Copa 2014, Chris Unger, o gerente-geral de integração operacional do COL, Tiago Paes, e o secretário executivo de Supervisão Técnica da SECOPA-PE, Sílvio Bompastor, conversaram com a imprensa.

“Ainda não começamos a visita, mas é fácil perceber o avanço. Mas não vamos analisar nada das obras, pois para isso nós temos os técnicos e engenheiros. A vistoria é para questões operacionais, como limpeza, segurança, fluxo de multidões e etc.”, afirmou Tiago Paes, garantindo que o andamento das obras contribuiu para a análise das 19 áreas operacionais. “É possível projetar tudo, pois mais de 90% da arena já está pronta. Temos uma noção exata de todas as áreas”, disse.

Representante da Fifa, Chris Unger aproveitou a oportunidade para elogiar o clima. “A visita do Maracanã foi cancelada por conta das fortes chuvas. Essa é a primeira arena que visitamos, vamos seguir para as outras”, destacou, negando logo em seguida qualquer tipo de preocupação com as obras no Rio de Janeiro. “Nunca vi tanta chuva. Mas espero que a água baixe, acredito que tudo estará resolvido até a Copa das Confederações e Copa do Mundo”, despistou.

A vistoria operacional define, entre outras coisas, serviços como bilheterias, área de imprensa, tecnologias, segurança, fluxo de multidões, limpeza e etc. Muitos desses pilares falharam nas inaugurações do Castelão, em Fortaleza, e do Mineirão, em Belo Horizonte.

Quando deixar o Recife, a comitiva seguirá para o Ceará, onde fará nova vistoria na Arena Castelão, depois no Estádio Nacional (Brasília), no Mineirão (Belo Horizonte) e na Fonte Nova (Salvador). Provavelmente, o Maracanã deverá entrar na agenda novamente.