Vasco tenta última cartada para manter Paulo Autuori
O Vasco tenta uma última cartada na noite desta segunda-feira para manter Paulo Autuori como seu técnico. O presidente Roberto Dinamite, o diretor técnico Ricardo Gomes e o gerente geral Cristiano Koehler pretendem demover o treinador da ideia de deixar o clube em razão dos atrasos salariais. Mas basta ver as declarações de Autuori nas últimas horas para saber que tal possibilidade é quase nula.
"As pessoas estão sempre à espera de que eu possa empurrar um pouco as coisas com a barriga. Mas nesse momento se eu dissesse que estou acreditando (na diretoria do Vasco), como acreditei em outros momentos, estaria mentindo", disse Autuori, no desembarque da delegação cruzmaltina no Rio, durante a tarde.
No São Paulo, dirigentes já dão como certo o acerto com o comandante para guiar o time no restante da temporada. A expectativa é fechar o acordo na terça-feira se for oficializado o desligamento com o Vasco.
"Eu estaria feliz se pudesse dizer não (ao São Paulo) de novo, pois significaria que eu estou confortável no meu clube atual. Mas não estou. Uma vez resolvida a situação com o Vasco, estou aberto a qualquer possibilidade", decretou Autuori.
A gota d'água para o descontentamento do técnico foi o não cumprimento da promessa de que todos os salários estariam quites até a sexta-feira. Autuori disse que tem uma responsabilidade com o elenco, com o qual havia se comprometido a lutar pela regularização do problema e dito que não ficaria caso contrário.
"Na sexta-feira foi uma frustração enorme para todo mundo. Havia uma expectativa enorme dos jogadores, como havia também a expectativa deles em relação à posição que eu iria tomar porque eu tinha um compromisso com eles", destacou.
A reunião desta segunda, apesar do último suspiro dos diretores vascaínos por Autuori, deve servir mais para acertar os últimos detalhes da rescisão. O técnico abriria mão de alguns salários atrasados e multa para se desligar rapidamente e assinar com o São Paulo.