Recife Mariners confiante para grande clássico local
Diante do rival Pirates, equipe tenta manter grande retrospecto de sete vitórias em sete jogos
Em dezembro de 2006, as areias de Boa Viagem passaram a receber um esporte bem diferente, que numa adaptação para praia chamava a atenção de quem passava e inconscientemente parava para observar. E por mais antigo que seja – os relatos mais remotos são de 1987 –, o futebol americano se firmou na capital pernambucana apenas na década passada. O que, até então era uma brincadeira improvisada na praia, mudou com a criação da Associação Esportiva Mariners.
Eram apenas 20 integrantes. Vinte apaixonados pelo esporte mais amado da terra do Tio Sam. “Elenco” reduzido, local de treinamento inapropriado, equipamentos amadores e rotina tão equivocada quanto. Detalhes esses repassados por que quem viveu essa longa caminhada desde o início e faz questão de ressaltar. “Mudou tudo. Tudo, mesmo”, destacou o atual presidente e um dos fundadores do Mariners, Julio Adeodato.
Para deixar clara essa mudança, basta observar a atual estrutura da equipe. São 70 membros, sendo 55 atletas, e o restante de comissão técnica e diretoria. Além de equipamentos iguais aos utilizados na NFL (National Football League) dos Estados Unidos e treinamentos em um campo gramado – três encontros semanais, das 22h às 00h.
EXPECTATIVA
“Queremos alcançar a final nordestina. Esse é o desafio atual, pois o campeão nordestino vai para a fase semifinal nacional. Uma final regional já seria um grande feito, pois João Pessoa tem um dos melhores times do país (Espectros)”, garantiu Julio Adeodato.
Quem vencer a etapa de cada região – menos o Norte, que tem dois representantes que jogam entre si e depois entram nos playoffs do Nordeste – segue na disputa do título da 2ª edição do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano.
PONTO FORTE
“Nossa principal arma é a união. Os treinos durante a semana estão dando mais união e mais experiência ao time. O elenco foi renovado em 2012 e está chegando no auge agora”.
CRAQUE
Thiago Santana – jogou futebol americano na Riverside Community College, nos Estados Unidos. Atua como fullback (FB), ofensivamente responsável por correr com a bola e defensivamente por bloquear o quarterback (lançador e armador do time).
PONTO FRACO DO PIRATES
“Eles evoluíram muito, mas talvez o ponto negativo seja a inexperiência de alguns atletas”, disse, utilizando um tom bastante cauteloso, o presidente do Mariners, ressaltando em seguida o retrospecto entre as equipes: “Jogamos e ganhamos sete vezes. Se quiser sei todos os resultados e datas”. Dando uma colher de chá para a memória do “homem-forte” do Mariners, bastou recordar apenas o último encontro, com vitória do Mariners por 30 a 12 no Brasileiro de 2012.