McLaren vem ao Brasil em clima de adeus e saudosismo
"Será difícil voltar a São Paulo sabendo que a equipe não conquistou uma vitória desde a última corrida do ano passado", conta o piloto Jenson Button
Quinta colocada do Mundial de Construtores da Fórmula 1 e com Jenson Button e Sergio Pérez desempenhando papel de coadjuvantes nesta temporada, a McLaren chega a São Paulo para disputar o GP do Brasil, marcado para o próximo domingo (24), em um clima de adeus e saudosismo.
Sem maiores objetivos a buscar no circuito de Interlagos, a não ser assegurar a sua modesta posição na disputa de construtores, no qual ainda sofre ameaça da Force India, a equipe verá Pérez fazer sua última corrida pela escuderia. O mexicano teve um frustrante desempenho depois de ter sido contratado para o lugar do inglês Lewis Hamilton, que foi para Mercedes no fim de 2012.
Já para Button, correr em Interlagos será lembrar do palco onde se sagrou campeão mundial em 2009, então pela Brawn GP, e onde conquistou sua última vitória, na corrida que fechou a temporada do ano passado, quando a McLaren ainda brigava diretamente pelas vitórias, o que neste ano não foi possível.
"Obviamente, tenho algumas lembranças extremamente felizes das corridas no Brasil, onde ganhei meu título mundial, em 2009, e onde consegui minha mais recente vitória", disse Button, mostrando resignação com o fato de que a McLaren desta vez correrá sem fazer parte do primeiro escalação da F1. "Será difícil voltar a São Paulo sabendo que a equipe não conquistou uma vitória desde a última corrida do ano passado, mas, para ser honesto, isso me faz ainda mais determinado para terminar a temporada de forma positiva", completou.
Chefe da McLaren, Martin Whitmarsh também não deixou de lado o tom saudosista ao dizer que esta corrida no Brasil marcará o "fim de uma era" para a escuderia, também pelo fato de que em São Paulo a equipe fará sua última prova com o apoio da Vodafone, seu principal patrocinador e que está com o time há sete temporadas. "Durante este tempo nós ganhamos um Mundial (em 2008) e 34 corridas juntos, e também conquistamos 30 pole positions e 24 voltas mais rápidas", disse o dirigente.
O título mundial em questão citado por Whitmarsh foi historicamente marcante, tendo em vista o fato de que Hamilton o garantiu apenas na última curva da prova, enquanto Felipe Massa cruzou a linha de chegada em primeiro lugar e por alguns momentos se sentiu campeão mundial.
"Falando por mim, certamente nunca vou esquecer a montanha-russa de emoções que me encontrei há cinco anos atrás aqui em Interlagos, já que nós ganhamos o Mundial na última curva da última volta da última corrida", lembrou Whitmarsh.