Italiano é detido ao fazer apologia gay em Sochi
Manifestação foi feita por italiano Vladimir Luxuria, um ex-deputado comunista que se tornou defensor dos direitos dos transgêneros e personalidade da televisão italiana
Doze dias. Foi esse o tempo que demorou até que a polêmica lei antigay russa fosse colocada em prática em Sochi, durante os Jogos Olímpicos de Inverno. Nesta segunda-feira, de acordo com as agências internacionais, foi detida a primeira pessoa por suposta apologia gay.
Trata-se do ativista transgênero italiano Vladimir Luxuria, um ex-deputado comunista que se tornou um defensor dos direitos dos transgêneros e personalidade da televisão italiana. Ele foi parado por quatro homens não identificados quando se dirigia a um jogo de hóquei sobre o gelo, dentro do Parque Olímpico, na costa de Sochi.
Nascido Wladimiro Guadagno, Luxuria é uma figura conhecida na Itália. Deputado federal entre 2006 e 2008, é também ator de sucesso na televisão local, cantor e escritor. Ele foi detido quando caminhava pelo Parque Olímpico com uma bandeira com as cores do arco-íris e os dizeres: "Gay is OK" e "It's OK to be gay", em inglês e russo. Logicamente, provocava a lei que veta pune quem faça propaganda homossexual.
Quando foi levado para fora da área da Shayba Arena, avisava que "eu tenho ingressos". Por conta da fama, ele era acompanhado por diversos repórteres. O jornal italiano Gazzetta Dello Sport inclusive filmou o ativista sendo acompanhado até uma área restrita e colocado dentro de um carro aparentemente adesivado pela organização.
Pelo Twitter, amigos de Luxuria afirmaram que já falaram com ele e que o ativista foi liberado pela polícia. Um líder da comunidade gay italiana escreveu que recebeu um SMS do ativista: "Fui liberada e amanhã estarei de novo em Sochi". Presidente do "Gay Project" italiano, Imma Battaglia disse que recebeu a notícia da liberação de Luxuria pelo ministro do Exterior da Itália, Emma Bonino.