Análise: treinadores usaram clássico para experimentar
Eduardo Baptista e Lisca buscaram alternativas para as finais, mas que não deram certo
O Clássico dos Clássicos do último domingo (30) valia a liderança do Hexagonal do Título. Ainda assim, os técnicos Eduardo Baptista e Lisca utilizaram a partida, na Ilha do Retiro, para fazer algumas experiências de olho no mata-mata do Campeonato Pernambucano. Porém, nenhum dos dois comandantes foram felizes nos testes. Valeu apenas para ficarem conscientes do que podem utilizar nos duelos decisivos.
Eduardo Baptista inverte jogadores de posições
A base do Sport foi mantida para o clássico, inclusive, toda a defesa titular jogou. Até mesmo os laterais Patric e Renê, pendurados com dois cartões amarelos. No entanto, foi do meio pra frente que o comandante rubro-negro fez as maiores alterações. A linha à frente dos volantes tinha Renan Oliveira, Bruninho e Felipe Azevedo. Mas não foram os nomes que surpreenderam, e sim, as funções atribuídas.
Renan Oliveira atuou pela ponta esquerda, Bruninho pela direita e Felipe Azevedo centralizado. O primeiro teve uma atuação apagada, não teve tanto ímpeto na marcação e pouco contribuiu ofensivamente. Enquanto Felipe Azevedo fez o de sempre, armou, correu e marcou. Tudo isso no primeiro tempo, quando o Sport poderia ter saído na frente. Já o segundo, que vestiu a camisa 7, foi mais participativo do que nos últimos jogos, principalmente no primeiro tempo, mas perdeu as chances armadas.
No segundo tempo, Eduardo Baptista tentou corrigir o erro e inverteu a posição de Felipe Azevedo e Renan Oliveira. Contudo, o camisa 10 seguiu sem render e foi substituído por Aílton. Outra mudança no setor foi a entrada de Sandrinho no lugar de Bruninho, que pouco mudou. Já Felipe Azevedo, por incrível que pareça, caiu de produção quando foi atuar onde está acostumado.
Para a final da Copa do Nordeste, Eduardo Baptista deve voltar a escalar o time que o torcedor já conhece. Além da experiência frustrada, Bruninho e Renan Oliveira não estão inscritos na no Nordestão. Assim, o Leão enfrentará o Ceará sem grandes surpresas.
Lisca testa Roberson no meio-campo e se arrepende
O técnico do Náutico fez apenas uma mudança, mas que provocou um estrago maior do que os testes de Eduardo Baptista. Lisca deixou Marcos Vinícius no banco e colocou, pela primeira vez, Roberson como titular. O ex-jogador do Sport, atuando como meia, foi peça nula na engrenagem alvirrubra. Tanto é que, na primeira etapa, poucas foram as chances do Timbu. A equipe alvirrubra apenas se defendeu e demonstrou uma transição lenta. O camisa 10 não teve velocidade e nem qualidade nas tentativas de passes agudos.
Na volta do intervalo, Lisca se redimiu ao tirar Marcelinho e colocar Marcos Vinícius. Roberson foi para o ataque, porém, continuou produzindo pouco. Até teve uma chance, mas foi travado por Renê e desperdiçou. Por outro lado, Marcos Vinícius deu mais dinâmica aos contra-ataques alvirrubros, inclusive, também perdeu uma chance clara de gol. Não jogou tão bem quanto o esperado, mas marcou o gol da vitória após cobrança de falta de Zé Mário.