Apesar do relaxamento da prisão, acusado segue detido
Juiz considerou que prisão em flagrante foi ilegal, mas manteve Everton Felipe detido por questão de ordem pública
O auxiliar de serviços gerais Everton Felipe Santiago Santana, acusado de matar o solfador naval Paulo Ricardo Gomes da Silva, no Arruda, arremessando um vaso sanitário, na última sexta-feira (2), teve uma vitória na justiça. Porém, pouco efetiva. O advogado Adelson José da Silva, que havia pedido a liberdade provisória do cliente, conseguiu o relaxamento da prisão do réu confesso. No entanto, o mesmo juiz considerou a prisão em flagrante ilegal, também decretou que Everton Felipe permaneça detido no Centro de Triagem (Cotel) por questão de ordem pública. O acusado ainda tem um processo por porte ilegal de arma em 2012.
“Na prática, o juiz soltou e prendeu. Não vai mudar em nada. A única coisa que conseguimos é provar que a prisão em flagrante foi feita fora da lei. Não havia mais flagrante. Por isso, o juiz entendeu que era ilegal, mas decretou a prisão preventiva de ordem pública devido à repercussão do crime e pelo porte de arma, em 2012. Foi tudo isso junto”, explicou o advogado de defesa.
Ainda de acordo com Adelson José da Silva, a defesa não solicitará o pedido de habeas corpus. “Teriam de ser dois. Um para Recife e outro para Olinda. E, hoje, não vejo motivos para que haja essa solicitação”, disse o advogado, que ainda vai esperar antes de executar os próximos passos.
“Vamos esperar a denuncia do juiz e vou olhar os autos para montar a defesa. Terei dez dias para fazer isso. Por enquanto, é só isso o que posso fazer”, concluiu.