Análise tática: Timbu voltou com fragilidade no meio-campo
Náutico sofreu com a inferioridade numérica no meio-campo contra o Sampaio Corrêa
Durante a intertemporada e os 28 dias de treinamento, o técnico do Náutico, Sidney Moraes, formou uma base e mandou a campo no retorno à Série B, na vitória por 1 a 0 contra o Sampaio Corrêa. Sem muitas novidades, a não ser a formação tática que o treinador preferiu não revelar antes. Mas, quando a bola rolou na Arena Pernambuco, o 4-3-3 desenhou-se no gramado da Arena Pernambuco. A trinca de volantes tinha Gilmak à frente da defesa e Elicarlos e Paulinho em linha na zona central. No ataque, Tadeu centralizado, Vinícius pela esquerda e Leleu pela direita.
O problema é que o Sampaio Corrêa veio com um meio-campo reforçado e teve superioridade numérica no setor. Isso fez com que o Timbu tivesse dificuldades na transição da defesa para o ataque, reconhecida pelo próprio treinador. Não foi exagero de Sidney afirmar que os alvirrubros não acertaram três passes seguidos. Paulinho e Elicarlos precisavam contar com a aproximação de Vinícius e Leleu para criar jogadas, situação que não acorreu.
Com a entrada de Raí no lugar de Roberto, aos 16 minutos do primeiro tempo, o Timbu ganhou uma boa alternativa de saída de jogo pelo lado esquerdo e melhorou em campo. Por lá, o lateral criou pelo menos três boas jogadas para finalizações de Tadeu, que se movimentou bastante e teve uma boa participação no jogo.
Após o gol de Tadeu, aos 30 minutos da etapa inicial, o Sampaio Corrêa voltou a ter domínio e assim seguiu até o final da partida. Os maranhenses tiveram 58% de posse de bola contra 42% do Náutico. A dificuldade no meio-campo fez o time pernambucano ter menos o controle e ainda errar mais passes: 54 x 40. O único dado favorável aos alvirrubros foram os desarmes. E, aí, os volantes foram importantes nas 30 roubadas de bola contra apenas 13 do adversário.
Não foi o retorno ideal da equipe de Sidney Moraes após tanto tempo de trabalho. Porém, dos males o menor e, como afirmou William Alves, "é melhor corrigir os erros vencendo". É isso que o treinador terá de fazer para os próximos jogos. Ajustar o meio-campo para que as falhas não voltem a acontecer, tentar compactar o time fazendo com que Vinícius e Leleu se aproximem mais da zona central do campo.