Conselheiro denuncia perseguição política no Santa Cruz
Ás vésperas da eleição coral, o membro do grupo fiscalizador Intervenção Popular Coral recebeu uma intimação para prestar esclarecimentos na delegacia esportiva
Surpreendido por um mandado de intimação para prestar esclarecimentos na Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, nesta quinta-feira (22), um representante do grupo Intervenção Popular Coral e conselheiro do Santa Cruz alega perseguição política. Às vésperas da eleição agendada para o dia 14 de dezembro, que vai definir a futura gestão tricolor, Jhonny Guimarães é um dos que luta pela mudança do estatuto e já denunciou suspeitas de irregularidades na administração do clube.
"A gente acredita que venha de alguém vinculado ao Santa Cruz, até porque outros torcedores e outras lideranças também já foram chamados à delegacia por conta da sua luta pelo bem do clube. Infelizmente essas táticas ainda são usadas, mas com ninguém do nosso grupo vai funcionar", afirmou o líder, que considerou a prática 'coronelista'.
Sem saber o motivo da intimação recebida nessa terça (20) - pois o documento não especifica a infração imputada ou o autor da denúncia -, ele ainda não sabe o que lhe espera, mas adianta que prestará depoimento acompanhado de um advogado penal. "A gente tem relato de torcedores que também foram intimados a prestar depoimento com alegações de difamação e calúnia. Amanhã é que o delegado vai me explicar", acrescentou.
Jhonny também é jurista, mas divide seu tempo com o projeto para fiscalizar a Administração do clube. Questionado sobre a atuação do Intervenção Popular Coral, ele explica que o grupo vem "denunciando irregularidades, suspeitas de fraudes em eleições, brigando pela fiscalização das contas e tudo mais”.
“Hoje, o Intervenção é visto pelas pessoas do clube como um grupo de oposição [...] a gente quer contribuir para o crescimento do Santa Cruz e muitas vezes somos vistos como inimigos por quem tá a frente do clube. Infelizmente", lamenta.
Participação nas eleições
Sobre o planejamento para as eleições, Jhonny garante que o grupo não vai fazer indicações para cargos executivos. "Nosso grupo não vai participar das eleições colocando nomes para cargos executivos ou algo do tipo. A gente pretende apoiar uma chapa que defenda a mesma bandeira de transparência", complementou.
Clube não vai se manifestar
O LeiaJá entrou em contato com o Santa Cruz, mas, através da assessoria, o clube informou que não iria responder às acusações de perseguição.