Dirigente do Náutico é alvo de novas denúncias de assédio

Mais duas ex-funcionárias acusam Erisson Rosendo de Melo, irmão do presidente do Náutico

qua, 24/11/2021 - 16:40
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Estádio dos Aflitos Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

Novas denúncias de assédio sexual e moral, ocorridas dentro do Clube Náutico Capibaribe, vieram à tona nesta quarta-feira (23), através do Globo Esporte. E, de novo, contra o superintendente financeiro e irmão do presidente do clube, Erisson Rosendo de Melo. 

Segundo a reportagem, mais duas ex-funcionárias o acusaram. Uma delas chegou a dizer que Erisson pediu que lhe apresentasse sua filha, em troca do pagamento da rescisão, após sua saída do clube.

O caso da mulher que o acusa de assediar a filha teria ocorrido em 2018. Segundo ela, como são torcedoras do clube, ela e a filha estavam sempre presentes nos Aflitos e Erisson toda vez que a cumprimentava a beijava ‘no canto da boca’. “Minha filha ficava horrizada”, relatou ou Globo Esporte.

Depois que deixou de trabalhar no clube, ela revela que a situação se tornou pior ainda e que ele usava o pagamento dos direitos trabalhistas para chantagear a mulher. Dizia que só faria o depósito, se ela lhe "apresentasse sua filha".

A outra funcionária que acusa Erisson, Janire Mello, citou que, no seu caso, não houve assédio sexual e sim moral. Ela trabalhava nas vendas das cadeiras cativas por uma empresa terceirizada e numa situação em que o sócio estava destratando uma outra funcionária, ela tentou intervir, mas acabou sofrendo as consequências por conta disso.

“Fui socorrer uma funcionária porque esse sócio estava a destratando. Tentei ajudar e ele também me destratou. Ele (Erisson) desceu, foi na secretaria e mandou me chamar. Quando cheguei lá, ele já foi gritando comigo, me destratando. Eu disse que se ele tivesse alguma queixa que fizesse a quem tinha me contratado. Aí ele começou a me humilhar, colocando o dedo no meu rosto. Cheguei a pensar que ele iria me bater. Depois disso fiquei nervosa e chorando muito", disse.

Segundo Janire Mello, a partir daí ela precisou de alguns dias em casa por ter ficado abalada com a situação. A vítima relatou que precisou de tratamento psicológico e chegou inclusive a tomar remédios controlados.

Ao Globo Esporte, ambas relataram medo de denunciar por ele ‘ser um homem poderoso’, visto que é irmão do presidente do clube. Mas com o caso de Tatiana Roma vindo a público elas decidiram que poderiam também contar suas histórias.

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