Cássio condena casos de violência no futebol brasileiro
Nos últimos dias, ônibus de times foram apedrejados pelo Brasil
Cássio trabalhou bastante no jogo contra o Red Bull Bragantino, neste domingo, e viu o esforço valer a pena quando Gustavo Mosquito marcou o gol da vitória por 1 a 0 para o Corinthians, no segundo tempo. Ao final do jogo, o goleiro estava bastante satisfeito com o desempenho apresentado diante do novo treinador Vítor Pereira, presente na arquibancada da Neo Química Arena, mas freou a alegria ao citar assuntos mais sérios, como a guerra na Ucrânia e os episódios de violência ocorridos no futebol brasileiro nos últimos dias.
Com o Corinthians isolado na liderança do Grupo A do Paulistão, com 17 pontos, perto de encaminhar a classificação para as quartas de final, Cássio acredita que o time tem um caminho de muitos triunfos a trilhar neste ano. Em entrevista no gramado, mostrou estar otimista com a chegada do técnico português, que substituirá o interino Fernando Lázaro.
"Fizemos um jogo difícil contra uma equipe competente e qualificada. É a questão da ajuda. Estamos aqui para ajudar ele (Vítor Pereira), para ajudar o Corinthians a ganhar partidas, ser vitorioso, ir em busca de títulos. Acho que passa muita confiança para ele o empenho e dedicação de todo mundo. Acho que ele sai muito feliz", disse o jogador.
Após falar sobre a situação em campo, Cássio pediu licença para tratar de outra pauta. Ele mandou uma mensagem de apoio aos brasileiros, inclusive jogadores, que estão tentando sair da Ucrânia, invadida pela Rússia, e lamentou o alto nível de violência praticado contra atletas de futebol em episódios recentes.
"Sobre outro assunto: nós, jogadores, temos que nos posicionar. Vale lembrar o pessoal que está lá na Ucrânia, que eles possam voltar o mais rápido possível. E também o que tem acontecido no futebol brasileiro. É inadmissível ver jogadores sangrando, jogadores machucados, jogos sendo adiados. E não é para todo torcedor, porque muito torcedor está indignado. Isso não pode acontecer no Brasil, temos que evoluir e não aceitar mais isso", disse o goleiro do Corinthians, eleito o melhor do jogo".
O corintiano estava falando de casos como o Gre-Nal adiado após jogadores do Grêmio sofrerem um ataque, assim como ocorreu com o elenco do Bahia, que viu uma bomba explodir no ônibus da delegação. Além disso, torcedores do Paraná invadiram o gramado para agredir atletas após o rebaixamento do clube no estadual.
Na expectativa pela estreia do comandante Vítor Pereira, o Corinthians volta a campo no próximo sábado, quando enfrenta o São Paulo no Morumbi, a partir das 16 horas.