Relembre a vida e carreira de Muhammad Ali
Neste sexta-feira, completa seis anos do falecimento de Muhammad Ali
Por Matheus Maio
Conhecido como “O Maior”, Muhammad Ali (1942-2016) completaria 80 anos nesta sexta-feira (03). Os feitos de Ali ultrapassam os limites do esporte, além de uma série de fatos sobre a vida do ex-boxeador contribuírem para justificar este título que recebeu.
Cassius Clay (antigo nome de Ali) começou a praticar boxe aos 12 anos. Os motivos que o levaram para o boxe são curiosos: ao relatar o furto de uma bicicleta a um policial, o militar, que também era treinador de boxe, sugeriu que o garoto procurasse treinamento e começasse a lutar. Ainda como amador, Ali venceu 100 das 108 lutas em que participou, histórico que o levou, aos 18 anos, para os Jogos Olímpicos de Roma. Em sua primeira aparição internacional, o atleta conquistou a medalha de ouro em solo europeu.
Porém, o maior avanço na carreira de Ali se deu em 1964, ano em que venceu, mesmo considerado azarão, a luta contra Sonny Liston e conquistando o cinturão dos pesos-pesados. Ali manteve seu pódio em lutas contra nomes muito conhecidos, como Joe Frazier, George Foreman e Leon Spinks. A aposentadoria, já sob o nome de Ali, veio em 1981, após a derrota para Trevor Berbick.
Ainda assim, a grandeza de Ali não se limita aos ringues. Após conquistar pela primeira vez o cinturão dos pesos-pesados, o atleta declarou que deixaria de se chamar Cassius Clay, por motivos religiosos (conversão ao Islã) e também pela luta pelos direitos civis e raciais. O ex-boxeador recusou-se a lutar pelo exército americano no Vietnam, correndo o risco de ficar preso por 5 anos e ser banido dos esportes. Ao lutar contra a sentença na Suprema Corte, voltou aos ringues em 1970 como um ícone anti-guerra e pacifista.
Em vida, Ali foi considerado como “O Maior”. A repercussão de sua morte atravessou os limites dos ringues assim como sua vida. De Paul McCartney, Pelé, Bill Clinton, até antigos rivais como George Foreman lamentaram a perda de Ali em 2016. Em Louisville, cidade natal do lutador no Kentucky, foram hasteadas bandeiras a meio mastro para homenagear o grande atleta.