Capital Relacional

Cibelli Pinheiro, | ter, 29/10/2013 - 12:03
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O assunto dessa semana é direcionado às empresas e profissionais que atuam na gestão das organizações.

Cada vez mais reconhecemos a importância estratégica dos ativos intangíveis na obtenção dos resultados empresariais. Inúmeros especialistas ressaltam o papel e importância da informação e conhecimento nas organizações derivados do capital intelectual, da aprendizagem organizacional e da gestão do conhecimento.

São abordados diversos modelos de Capital Intelectual, tendo como principais blocos destacados por autores: o Capital Humano, o Capital Estrutural (tecnológico e organizacional) e o Capital Relacional. Este último define-se, segundo Gregório de Castro, autor e professor na Universidade de Madrid, como o “conjunto de conhecimentos que se incorporam na organização, fruto do valor agregado pelos processos de relacionamento que mantém com os públicos de interesse e com a sociedade em geral”.

Como estruturar?

Para se estruturar o Capital Relacional é preciso que a empresa conheça de fato os seus públicos (stakeholders – seus públicos de interesse) e promova a gestão destes relacionamentos, além de buscar estabelecer a relação com outros públicos não tão próximos, como por exemplo, centros de investigações, administração pública e outros que a longo prazo podem influenciar a atividade empresarial.

O Capital Relacional está integrado pelo Capital de Negócio (relações organizacionais com clientes, fornecedores, aliados, concorrentes e outros relacionados as atividades do negócio), mais o Capital Social (refere-se fundamentalmente ao valor das relações da empresa com a sociedade em geral e meio ambiente) e o Capital Reputacional (capacidade de posicionamento da empresa, cujo a função principal é dinamizar as relações empresariais, permitindo seu desenvolvimento e facilitando seus processos de relação).

No que se refere à Reputação Empresarial, é tida como um dos facilitadores dos processos de relacionamentos com clientes (reduz custos, aumenta as vendas e número de clientes fiéis), promove alianças estratégicas e relações de confiança com os fornecedores, permite o posicionamento da empresa e diferenciação junto aos concorrentes, e especialmente, torna a empresa capaz de atrair e reter trabalhadores com talentos. Portanto, os processos de relacionamentos com clientes, fornecedores, aliados, investidores, trabalhadores, dentre outros, melhoram e se intensificam quando a empresa possui uma adequada reputação.  Como são e estão os relacionamentos da sua empresa com seus públicos? Qual tem sido sua reputação? Isto definirá seu Capital Relacional.

Como desenvolver?

Para melhor compreendermos o Capital Relacional na nossa empresa e desenvolvermos um trabalho voltado para a otimização desse capital, precisamos analisar os processos de relacionamentos com os públicos(tanto interno como externo), ou seja, o conjunto de atividades que configuram as relações na empresa, sua frequência, intensidade, utilização de sistemas de informação ou canais especializados, utilização de interlocutores ou intermediários, enfim, todo processo de comunicação da organização com seus mais diversos públicos.

 Nosso Convite

 Para as empresas e profissionais que desejam saber mais sobre o assunto, indico a leitura do livro “Reputación empresarial y ventaja competitiva” de Gregorio Martín de Castro. Este livro é uma referência para quem tem interesse no fenômeno da reputação empresarial, nele encontrará a abordagem sobre Capital Relacional.

 

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