Bolsa de Tóquio fecha em alta de 1,4%

Esse foi o melhor fechamento em quase 15 anos

qui, 12/03/2015 - 07:50

A Bolsa de Tóquio atingiu o nível mais alto em quase 15 anos, com o índice Nikkei operando acima de 19 mil pontos, apesar da influência negativa do mercado de ações dos EUA ontem. O Nikkei subiu 1,4% e fechou aos 18.991,11 pontos, depois de superar 19.000 pontos várias vezes durante a sessão. Esse foi o fechamento mais alto desde 19 de abril de 2000.

Embora os ganhos tenham sido parcialmente impulsionados por operações guiadas por derivativos antes da expiração de futuros de índices amanhã, a atividade altista predominou em um ambiente pessimista entre os investidores, o que sugere operações pesadas feitas por grandes players domésticos e possivelmente a participação de fundos de hedge do exterior, segundo traders.

"No passado, flutuações nos preços pouco antes do dia de liquidação (para os futuros trimestrais do Nikkei e as opções mensais do Nikkei) eram normais", afirmou Chris McGuire, executivo-chefe da Phalanx Capital Management, fundo de hedge com sede em Chicago. "Mas os movimentos que estamos vendo agora parecem ter influência de manipulação por apenas alguns poucos grandes investidores", acrescentou.

"Desde que o Banco do Japão (BoJ) chocou os mercados com seu segundo relaxamento quantitativo em outubro, mais pessoas estão com medo de vender ações por receio de ficar para trás ou serem pegas de surpresa", disse McGuire.

Ações de empresas bastante ligadas a operações de arbitragem de futuros lideraram o avanço do Nikkei, com a Fast Retailing subindo 1,3%, o SoftBank em alta de 1,2% e o KDDI com +1,5%. Empresas farmacêuticas também deram sequência aos ganhos recentes, beneficiadas pela busca dos investidores por ações com retorno mais alto. Eisai subiu 6,2%, Chugai Pharmaceutical avançou 4,3% e Astellas Pharma ganhou 2,3%.

Os bancos fecharam em alta diante da perspectiva de elevação da taxa de juros nos EUA. Mitsubishi UFJ Financial Group subiu 3,2% e Sumitomo Mitsui Financial Group avançou 1,4%. As companhias exportadoras com grande exposição à zona do euro, por outro lado, foram pressionadas depois de o euro atingir o nível mais baixo em 20 anos frente ao iene ontem: Mazda Motor caiu 1,5%, enquanto Sony e Ricoh subiram apenas 0,2% e 0,1%, respectivamente. Fonte: Dow Jones Newswires.

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