Recife terá sensores para monitorar deslizamentos

Estrutura será instalada na Lagoa Encantada, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife

por Naiane Nascimento seg, 14/03/2016 - 16:40
Hivor Danierbe/LeiaJáImagens/Arquivo Equipamentos serão instalados no início do mês de abril Hivor Danierbe/LeiaJáImagens/Arquivo

O risco iminente de deslizamento de barreiras ainda assusta muitos moradores do Recife. No entanto, um sistema pode ajudar a previsão desses desastres. O programa Estação Total Robotizada (ETR) do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Ambientais (Cemaden), em parceria com a secretaria executiva de Defesa Civil do Recife, irá implantar o mecanismo em área de risco da cidade. Faz parte também da equipe o Departamento de Sismologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O projeto-piloto está presente em nove cidades brasileiras - Mauá, Santos, Blumenau, Petrópolis, Nova Friburgo, Angra dos Reis, Teresópolis, Salvador -, além do Recife. De acordo com o secretário Executivo de Defesa Civil do Recife, coronel Cássio Sinomar, a área escolhida para o monitoramento de massa é a Lagoa Encantada, no bairro do Ibura, Zona Sul da cidade.

“Será iniciada a implantação física. Por enquanto, o projeto está na fase de pesquisa e conscientização da população como a explicação do que se trata os equipamentos e contribuições que este projeto dará à comunidade”, explica. Ainda de acordo com o coronel, o início da instalação dos equipamentos – sensores e prismas - será no mês de abril e cobrirão uma área de 2,5 km e será colocado em locais de possíveis movimentações de massa. 

Além dessa área de implantação, outras localidades da cidade também poderão receber os equipamentos de monitoramento. “O projeto ainda é piloto, mas dando certo, temos todo interesse do mundo de dar amplitude no projeto em outras áreas da cidade que correm riscos”, pontua Simonar. 

Os dados registrados pelos equipamentos serão monitorados pelo Cemaden, Defesa Civil e UFPE a fim de detectarem os riscos e agirem com mais rapidez. Segundo o coronel, o projeto que já existe desde 2015 terá período de calibragem, mas, apesar da implantação, será mantida a fiscalização e averiguação da área até que todo o sistema esteja funcionando perfeitamente. 

 

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