Espera por consulta causa tumulto em hospital de SP
Familiares de pacientes invadiram o Pronto-Socorro Infantil, quebraram cadeiras e ameaçaram os plantonistas de agressão por causa da demora
A longa espera por atendimento médico causou tumulto e depredação na noite de quarta-feira (30) no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, zona norte de São Paulo. Familiares de pacientes invadiram o Pronto-Socorro Infantil, quebraram cadeiras e ameaçaram os plantonistas de agressão por causa da demora. Ninguém ficou ferido.
Os médicos interromperam o atendimento por volta das 23 horas e só voltaram a fazer consultas na madrugada de quinta-feira, 30, após a chegada da Polícia Militar. "Eles invadiram os consultórios e queriam entrar na ala de internação. Os médicos ficaram totalmente acuados", contou a dona de casa Paloma Kiseliauskas, de 30 anos, que está com o filho de 2 anos internado no local há 12 dias com bronquiolite, e viu o tumulto.
Apesar da confusão, a demora no atendimento se repetiu ontem na unidade. No início da noite, a manicure Vanessa Castellon, de 40 anos, já aguardava havia mais de quatro horas por uma consulta para a filha de 4 anos, que tinha tosse e febre alta. "Desde as 16 horas que não chamam ninguém. O pior é que, como quebraram tudo, a gente tem de ficar aqui fora no chão feito animal", afirmou.
A Secretaria Municipal de Saúde e a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, responsável pela gestão do hospital, informaram que a unidade "estava com o quadro de médicos completo" anteontem. "Em razão do período de tempo seco, houve registro de um aumento de cerca de 50% nos atendimentos do pronto-socorro. Os casos graves têm prioridade no atendimento, o que pode elevar ao tempo de espera dos pacientes", informou a Santa Casa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.