Quatro amigos são mortos em chacina no ABC paulista

Parentes das vítimas dizem que os jovens foram atacados por engano, confundidos com suspeitos da região envolvidos com roubo de motos

qua, 18/04/2018 - 07:40

Uma chacina deixou quatro jovens mortos na noite de segunda-feira, 16, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. A Polícia Civil montou uma força-tarefa de delegacias para investigar o crime. Parentes das vítimas dizem que os jovens foram atacados por engano, confundidos com suspeitos da região envolvidos com roubo de motos.

O crime aconteceu por volta das 23h na Rua Edson de Queiroz, rua do Sítio dos Vianas, no limite entre São Bernardo e Santo André. Os amigos de infância Diego da Silva, de 22 anos; Rafael André Borges, de 25; Edival de Lima Júnior, de 23; e Cássio de Almeida Santos, de 23, morreram na frente da Mercearia do Félix após terem sido abordados por cinco homens em três motos, que mandaram eles se virarem de costas e atiraram na cabeça deles.

O grupo estava ali, segundo informações de testemunhas e parentes, comemorando o aniversário de Diego, funcionário da mercearia, onde entregava marmitex no horário do almoço. À noite, das 18 horas às 23h30, trabalhava para uma pizzaria da vizinhança. "Mas naquele dia pediu folga para comemorar o aniversário com os amigos. Tinha passado em casa e disse que voltaria para dormir comigo", disse a viúva da vítima, Ana Rute, de 20 anos, que fica com os dois filhos do casal, de 3 anos e um bebê de 7 meses.

Na Rua da Embuia, por trás da Edson de Queiroz, onde os quatro cresceram juntos, o clima nesta terça-feira, 17, era de consternação e revolta. Para os amigos, é certo que o grupo foi atacado no lugar de outras pessoas. "Acharam que era uns malandros que roubam moto, e moram ali perto. Mas eles não tinham nada com isso", disse um amigo, que preferiu não se identificar.

Para Rute, o que decidiu o destino do seu companheiro foi a jaqueta preta de motoqueiro. "Confundiram ele, com certeza. Morreu inocente", disse. A Secretaria da Segurança Pública disse que o 1º DP, o 6º DP e a Divisão de Investigação sobre Entorpecentes (Dise) participam das investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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