Vale do São Francisco estima prejuízo de R$ 570 milhões
Por conta da greve dos caminhoneiros produtores de frutas não conseguem exportar seus produtos
Com a paralisação dos caminhoneiros chegando ao seu nono dia, produtores de frutas do Vale do São Francisco já contabilizam um prejuízo de R$ 570 milhões. O setor deixou de comercializar nesta última semana para os mercados interno e externo cerca de 40 mil toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas de outras frutas como acerola, banana, coco e mamão; estando ainda 80% da safra a ser colhida comprometida por falta de mercado.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira pondera que além de terem cancelados todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta de combustível para os tratores e pulverizadores, "o que pode ocasionar a perda das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou Jailson.
A conta foi apresentada na tarde desta segunda-feira (28). “Com todo esse tempo de paralisação, nossas câmaras frias já estão com a ocupação esgotada, não oferecendo mais espaço para o armazenamento das frutas colhidas recentemente. O resultado são pomares e mais pomares com frutas apodrecendo no campo”, lamentou Jailson Lira.
A assessoria do sindicato diz que os produtores assinaram um documento onde reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “por que também sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola” e solicitam dos poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas, a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).