'Vi a morte de perto', diz jovem agredida por namorado
Ela teve unha arrancada e todo o corpo marcado pela agressão do, então, namorado. "Não desejo para ninguém", diz a jovem
Larissa Almeida foi mais uma mulher vítima do machismo travestido de ciúmes. A jovem alega ter visto a “morte de perto” após as agressões de seu namorado. Larissa teve unha arrancada, braço, perna, pescoço e várias outras partes do corpo machucadas pelo seu, então, namorado que - segundo ela - é integrante de um famoso grupo de pagode do Recife, mas não teve o nome revelado.
As agressões só foram reveladas pela vítima na tarde desta sexta-feira (10), mas tudo aconteceu na madrugada do dia 2 para o dia 3 de maio, na casa onde os dois estavam vivendo. "Vi a morte de perto. Me vi sendo jogada no chão, sendo pega pelo braço com força, sendo agredida fisicamente e psicologicamente. Vi não só a minha vida, como de toda a minha família e amigos mudar (sic)”, relembra Larissa Almeida.
Ela acentua que as agressões físicas e psicológicas começaram porque o suspeito havia ficado com ciúmes de coisas que a jovem havia feito enquanto solteira e, por isso, começou a interrogá-la. “Eu não queria falar, eu não achava que aquele assunto tinha mais cabimento, já tínhamos nos resolvido e não precisávamos voltar no passado do qual ele sempre fazia questão de manter vivo e de me acusar por coisas que só existiam na mente dele (um verdadeiro terrorismo). Pedi para parar. Não parou (sic)”, diz a vítima.
Larissa aponta que neste momento disse que ia embora e fez suas malas. Por ela estar muito pesada, pediu para que o rapaz ajudasse a colocar no carro. “Ele se negou, disse que eu não podia ir embora, me jogou no chão e pegou a chave da minha mão com tanta força que quando eu vi, tava sangrando”.
De acordo com os relatos da vítima, o homem começou a questionar se ela realmente ia embora e começou a dizer que iria se matar e que a culpa iria ser dela. “Até carta suicida ele fez”, reforça Larissa.
Numa típica agressão psicológica, a jovem diz que o namorado começou a questionar se ela o amava, se estava arrependida e em seguida se trancou em um dos quartos para se jogar da janela.
“Depois de muita conversa e terrorismo consegui fazer ele dormir. Mas às 3h da manhã tudo voltou e com bem mais intensidade e violência. Pulou por cima de mim, pegou o meu pescoço e apertou, me jogou no chão, abriu minha boca e ficou tentando colocar a mão dentro dela. Um horror! (sic)”, recorda Larissa Almeida.
Em determinado momento a vítima conseguiu gritar por socorro. O suspeito, com medo de ser preso em flagrante, fugiu. Larissa diz que ainda ligou para a polícia e nenhum socorro apareceu. “Marcas desaparecem, dores medicadas somem. E os traumas psicológicos? Esses permanecem durante muito tempo. Espero que todas as medidas sejam tomadas contra ele (o agressor). Uma madrugada como a que eu tive não desejo para ninguém”, finaliza a jovem.